A Intenção de Consumo das Famílias registrou queda de 5,9% em agosto, em relação ao mês anterior. Na comparação com agosto de 2014, o recuo foi de 32,3%. O índice atingiu pelo sétimo mês consecutivo, o valor mais baixo da série histórica, iniciada em 2010.
O indicador foi divulgado hoje (19) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Neste mês, o índice chegou a 81,8 pontos. Lembrando que varia de zero a 200 pontos e o limite da satisfação é de 100 pontos.
De acordo com a instituição, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos desde maio deste ano e isso mostra a insatisfação dos 18 mil entrevistados com a situação atual.
Entre os subitens que compõem o indicador, os indicadores da situação atual de renda e emprego são os únicos que permanecem acima de 100 pontos. No entanto, para 32% dos entrevistados o nível de renda é considerado insatisfatório. No mesmo mês do ano passado, esse número era de 15%.
Segundo o levantamento, a maior queda na comparação anual foi no item de intenção de compra de bens duráveis: -49,5%, menor que em agosto de 2014. E 69,2% das famílias acreditam que o momento é desfavorável para esse tipo de compra, em razão do encarecimento do crédito.
Para a CNC, a combinação entre a queda no ritmo de atividade econômica e o nível da inflação contribui para reduzir as chances de mudança desse cenário em médio prazo. Em razão dos resultados, a confederação revisou a projeção para o volume de vendas para o varejo restrito no ano. Antes a estimativa era de queda de 1,9% e agora é de -2,4%.
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