A intenção de consumo das famílias paulistanas caiu 36,2% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa divulgada hoje (7) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Na relação com agosto, a queda foi de 0,3%, atingindo 69,8 pontos – o que representou a menor pontuação da série histórica, iniciada em 2010. Esta é a décima primeira queda seguida.
O índice varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos significa insatisfação e, acima de cem pontos, satisfação em relação às condições de consumo.
Segundo a federação, o recuo é reflexo de uma inflação próxima de 10% e da alta do desemprego, o que deixa as famílias cada vez mais preocupadas e insatisfeitas, pois não conseguem ver um horizonte de melhora.
Para a FecomercioSP, a expectativa é que o indicador continue com tendência de queda, o que deve piorar ainda mais as projeções, já negativas, para o desempenho das vendas no final de ano.
Para chegar ao nível de intenção de consumo, a federação analisa sete componentes – e todos estão abaixo dos 100 pontos.
Entre os itens, o Acesso a Crédito apresentou a maior variação mensal negativa, com queda de 3,5%. A dificuldade de conseguir crédito, aliada à restrição de renda e ao futuro incerto da economia, complica o cenário do item Momento para Duráveis, que, embora tenha registrado leve alta de 1,5%, no comparativo mensal, na comparação anual foi o que mais caiu: -51,8%.
Já os itens Renda Atual e Emprego Atual caíram 0,8% e 0,7%, respectivamente, ante agosto. Por outro lado, a Perspectiva profissional, apesar da variação positiva de 3,7%, está abaixo dos 100 pontos.
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