A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, em outubro, o percentual de famílias que possuíam algum tipo de dívida era de 57,7%. Entre as principais dívidas estão cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo, prestação de carro e seguro.
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O resultado é menor do que o registrado em setembro (58,2%) e o de outubro de 2015 (62,1%). No entanto, 9,4% dos entrevistados afirmaram não ter como pagar as dívidas e, seguirão inadimplentes. Embora abaixo dos 9,6% registrados em setembro, o total é superior ao registrado em outubro do ano passado: 8,5%.
O estudo mostra também que a quantidade de famílias que relataram ter dívidas em atraso chegou a 23,8%. Mesmo abaixo dos 24,6% registrados no mês anterior, o resultado é maior do que os 23,1% referentes a outubro de 2015. “As altas taxas de juros e a fragilidade do mercado de trabalho têm limitado o consumo, provocando também a diminuição recente dos níveis de endividamento”, explica o economista da CNC Bruno Fernandes.
Além disso, a proporção de famílias que se declararam muito endividadas também diminuiu entre setembro e outubro, de 14,4% para 14,2%. Na comparação anual, houve alta de 0,3 ponto percentual. O atraso do pagamento das dívidas é, em média, de 62,9 dias. Já o tempo médio de comprometimento com esses débitos é de sete meses, sendo que 33,4% assumem tais compromissos por mais de um ano.
Por fim, do total das famílias brasileiras, 21% estão com mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 77,1% dos entrevistados, o maior vilão continua sendo o cartão de crédito. Em segundo lugar aparecem os carnês com 14,1%, seguido do financiamento de carro, com 10,2%.