Pense em uma pessoa com alguma desabilidade ou algum tipo de dificuldade que gostaria de surpreender a família ou a pessoa amada com um belo jantar. Serviços de entrega e pandemia à parte, em um contexto de vacina disseminada ou não, essa pessoa gostaria de ela mesma comprar os ingredientes. Mas ela teria desafios extras ao se ver sozinha ou sozinho ao local. Ela certamente sentiria a falta de inclusividade na hora de escolher um vinho ou frutas maduras.
É pensando nesses tipos de situações enfrentados por cerca de 46 milhões de brasileiros na hora de comprar um produto ou ser atendido que a Inclue foi criada. “A Inclue surgiu através das dores das pessoas com deficiência devido a nunca serem reconhecidas como consumidores”, reforça Sonny Pólito, deficiente visual fundador da startup junto com Rodrigo Piris, que tem espectro autista.
Pelo app, o usuário pode agendar um atendimento personalizado em lojas e supermercados que contam com colaboradores treinados para dar suporte. Por enquanto, o Inclue funciona em um estabelecimento na cidade de São Paulo, um em São Caetano do Sul (SP) e um mercado no Rio de Janeiro. Mas isso vai mudar, já que o Grupo Pão de Açúcar passará a oferecer a solução.
O impacto na experiência do usuário é dupla, portanto, já que além de ter mais autonomia ele tem sua jornada de compra modelada com um serviço de conveniência nos lugares onde equipes são treinadas. “A nossa avaliação é que muitos desses atendimentos são ruins devido à falta de preparo dos funcionários e de reconhecer que esse público são consumidores. Nós esperamos que, através da Inclue, o GPA possa oferecer atendimento personalizado, avaliação da experiência e acompanhamento. Dessa forma temos certeza de que o resultado será extremamente positivo”, espera Pólito.
A Inclue tem uma parceria com o GPA Labs desde que um gerente de uma de suas lojas buscou trazer mais inclusividade à unidade que trabalha e uniu os dois pontos.
Relevância, recorrência e experiência do cliente
Diversos varejistas têm investido em seu próprio quintal de desenvolvimento tecnológico. Enquanto algumas preferem firmar parcerias estratégicas para soluções tecnológicas, outras optam por empreender por meio de seus laboratórios, incubadoras e hubs.
“O GPA Labs é responsável por capilarizar a inovação para toda empresa, trazendo novas formas de resolver desafios e dores de negócio, atendendo de forma transversal todas as áreas. Temos como foco na área o processo de cultura de inovação e open innovation, ou seja, trazer parceiros do ecossistema para nos ajudar nos desafios de negócio e também impulsionar o desenvolvimento do ecossistema”, explica a head de inovação do GPA, Monique Cavaletti.
O GPA entende que as startups ajudam o grupo a acelerar o processo de inovação dentro da empresa, e por isso faz constantes avaliações sobre o potencial de disrupção das soluções — se trazem vantagens competitivas, receita ou economia, escalabilidade de um serviço ou geração de valor para o cliente.
“Focamos as iniciativas nos nossos pilares estratégicos: relevância, recorrência e experiência”, completa Cavaletti.
No caso da Inclue, a solução treina vendedores e colaboradores para que possam oferecer melhor em atendimento inclusivo e fidelizarem os clientes, melhorando a reputação da marca e aumentando receitas. Ao negócio, portanto, o assistente phygital dá mais exposição, inteligência e vendas.
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