O ano de 2015 foi turbulento para os registros de consumidores com contas em atraso, e terminou com a região Nordeste tendo a maior variação no número de inadimplentes na comparação com 2014.
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De acordo com o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), houve um avanço de 7,62% frente ao ano anterior. Embora apresente uma desaceleração em relação à alta de novembro, o resultado de dezembro permanece em patamares elevados.
Das quatro regiões pesquisadas, é no Nordeste que o número de inadimplentes mais tem crescido nos últimos meses. Em seguida aparecem a região Centro-Oeste (6,24%), Sul (5,10%) e Norte (3,92%). O indicador não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, conhecida como Lei do AR, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.
“A alta dos preços aliada ao aumento do desemprego afetou a renda das famílias, que sentem dificuldades para pagar as dívidas pendentes”, disse em nota Honório Pinheiro, presidente da CNDL. Ele defende que o aumento da quantidade de consumidores inadimplentes reflete o difícil cenário macroeconômico visto em 2015, com piora dos índices de emprego e avanço da inflação.
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Em 2016, mesmo com bancos e comerciantes restringindo a concessão de crédito – fato que limita o endividamento do consumidor – a inadimplência deve continuar acelerando pelos próximos meses, devido à crise da economia brasileira. Esta é a projeção da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Dívidas bancárias são a maioria nas quatro regiões
Nas regiões Norte e Nordeste, foi o setor de Comunicação o que registrou a maior variação anual do número de dívidas, com crescimento de 11,84% e 11,93%, respectivamente, na comparação com dezembro de 2014.
No Centro-Oeste, as pendências devidas ao setor de Água e Luz foram as que mais cresceram, com variação de 33,63% na comparação anual. No Sul, também se destaca o número de pendências de Água e Luz, mas com um crescimento menor, de 16,70%.
Porém, a maioria relativa do total de dívidas dos moradores das quatro regiões analisadas possui como credo o segmento de Bancos: Sul, com 43,95% do total; Nordeste, com 41,58%; Centro-Oeste, 40,75%; e Norte, com 33,02%.
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