A H&M, segunda maior varejista de moda do mundo, suspendeu a compra de couro brasileiro. Em comunicado, a marca sueca cita as queimadas na Amazônia como motivo para a interrupção.
“Devido aos graves incêndios na parte brasileira da Floresta Amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos suspender temporariamente o couro do Brasil”, afirmou a empresa em comunicado.
No documento, a empresa ainda afirma que “a proibição permanecerá ativa até que existam sistemas de garantia críveis para verificar se o couro não contribui para danos ambientais na Amazônia”, afirmou o documento.
Uma pequena fração do couro que a H&M usa vem do Brasil. A maior parte do produto é importada da Europa.
Na última semana
Marcas como Vans, The North Face, Timberland e Kipling também suspenderam a compra de couro brasileiro por causa das queimadas na Amazônia.
Em comunicado, a VF Corporation, controladora das marcas, condiciona o fim da suspensão à “segurança que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental no país”.
O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) disse em comunicado enviado ao portal Consumidor Moderno que “os curtumes brasileiros atendem com louvor a todas as principais certificações internacionais exigidas pelas principais marcas e grupos compradores da nossa matéria-prima”.
Dados do CICB mostram que o Brasil fatura mais de 2 bilhões de dólares com a exportação do couro ao mercado. Para se ter ideia 80% da produção é comercializada internacionalmente.
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