A Cia. Hering, uma das principais empresas de vestuário do País, teve um 2014 desafiador. A empresa fechou o ano com uma queda de 0,4% nas vendas, para R$ 2 bilhões, com expansão de 0,3% no varejo multimarcas e queda de 2,9% nas lojas franqueadas, o que foi atribuído pela empresa à alta dos estoques e à queda da confiança dos consumidores.
O lucro líquido da empresa avançou 0,2% na comparação anual, chegando a R$ 318,9 milhões, apesar da queda de 9,8% no Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), para R$ 395,8 milhões. A empresa disse em nota que a queda do Ebitda foi causada pelo crescimento modesto das vendas, que impediu a diluição de parte dos custos fixos; pelo maior número de produtos vendidos em liquidações (por conta dos altos estoques acumulados durante o ano) e pelo crescimento das despesas operacionais trazido em 2013 pela expansão dos times de suporte e gestão de marcas.
A bandeira Hering, carro-chefe da companhia, teve uma queda de 0,9% nas vendas na comparação anual. Em mesmas lojas, houve retração de 5,8% nas receitas, com queda de 8,6% no fluxo de clientes, parcialmente compensado pelo aumento do tíquete médio. Como foco em moda acessível, a bandeira foi prejudicada pelo cenário macroeconômico, pela Copa do Mundo e pelo período de transição em que a marca se encontra: em 2014 foi implementado seu novo plano de negócios, que envolveu a melhoria de sortimento, a reformatação do plano de comunicação (com uma abordagem mais emocional) e o relançamento da linha de produtos básicos.
O ponto positivo ficou para a bandeira Hering Kids, com foco no conceito ?mini adulto?, cujas vendas avançaram 7,1% em 2014, em parte pela abertura de 19 lojas no ano. No total, a Hering abriu 78 lojas no Brasil, sendo 53 Hering, 4 PUC e as duas primeiras lojas Hering for You, em São Paulo. Por outro lado, 11 pontos de venda foram fechados, inclusive o último com a bandeira DZARM.
Para 2015, a empresa pretende investir pouco mais de R$ 100 milhões, sendo quase R$ 30 milhões em lojas (expansão e remodelação) e o restante nas áreas industrial, logística e Tecnologia da Informação.
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