A formação e compreensão de família tiveram um salto na sociedade ao longo dos anos. Para as empresas, as pautas sobre igualdade de gênero e inclusão apresentaram uma mudança forte de hábitos para empregadores e colaboradores. Nessa toada, o Grupo Boticário acaba de anunciar uma licença parental de 120 dias.
A partir do segundo semestre de 2021, todos os funcionários da empresa terão a licença parental estendida – e o benefício também abrangerá casais homoafetivos e pais de filhos não-consanguíneos.
Um tempo curto e desigual
Por lei, assim que um casal tem um filho, os homens têm direito a uma licença paternidade de cinco dias úteis — prazo que pode ser prorrogado para 15 ou 20 dias, se a empresa estiver cadastrada no programa Empresa Cidadã. Em comparação com as mulheres, o tempo é bastante distinto: elas costumam ter, por lei, 120 dias de afastamento para cuidados com o recém-nascido.
Ainda que o tempo seja justo com as mulheres — afinal, os primeiros meses são bastante desafiadores para elas —, a licença paternidade pode ser um dificultador nessa fase inicial. A nova mãe se sente exausta e precisa de apoio e suporte, comumente dado pelo seu parceiro. Sendo assim, apenas cinco dias são não suficientes para um suporte tão necessário no início.
Foi com essa percepção que o Grupo Boticário implementou a licença parental, de forma também a contribuir com a igualdade de gênero e auxiliar as mulheres. “Acreditamos que uma licença mais equânime é o caminho certo. Ela é a nossa contribuição para ajudar a romper as barreiras e os estigmas de gênero, transformando o olhar da sociedade”, destaca o vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário, Artur Grynbaum.
A mudança foi promovida pelos próprios funcionários, a partir da iniciativa Lado a Lado, que consiste em um grupo de afinidade de equidade de gênero, que conta com voluntários de várias áreas do grupo direcionado pela equipe de Diversidade, Inclusão e Equidade em conjunto com o time de Pessoas.
Inclusão de casais homoafetivos e pais não-consanguíneos
Outro avanço que o Grupo Boticário trouxe em seu anúncio foi que todos os funcionários teriam acesso aos 120 dias de licença — independentemente de sua orientação sexual. Em geral, casais homoafetivos, especialmente compostos por homens, são mais prejudicados pela licença limitada. Essa prática mostra um avanço importante para a pauta da inclusão e participação nos primeiros dias do bebê. “Como empresa, entendemos que todos têm a direito à mesma quantidade de tempo para criar esses laços independente de seu modelo familiar”, completa Grynbaum.
Para as mulheres, a empresa também concede um tempo maior de licença maternidade, com 180 dias de afastamento.
Essa ação é mais uma entre as destacadas para que a empresa se torne um ambiente ainda mais inclusivo, diverso e ambientado nas pautas de equidade de gênero. De acordo com o Grupo Boticário, até 2023 a corporação espera ter em sua equipe ao menos 50% de funcionários negros, tendo 25% deles em lideranças corporativas. Para as mulheres, a meta é que 50% delas estejam em cargos de diretoria até 2025.
A mudança no tempo de licença parental tem sido mudada em algumas empresas, tais como o Google, por exemplo. A prática pode incentivar que mais empresas também tomem a iniciativa.
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