No último dia 23, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem onde afirma que o governo norte-americano teria sugerido que a países aliados, caso de Itália, Alemanha e Japão, um boicote a todos os produtos de telecomunicações da chinesa Huawei. O FBI suspeita que os equipamentos seria usados em uma suposta espionagem do governo chinês.
A informação surge em um momento importante do mercado de smartphones. Em agosto deste ano, a Huawei se tornou a segunda fabricante de smartphones do mundo e passou a ocupar o lugar que pertencia a Apple, segundo dados da consultoria IDC.
Em nota, a Huawei condenou a publicação e afirmou que “os parceiros e os clientes farão a escolha certa com base em seus próprios julgamentos e experiências com a empresa”, informa.
Leia o comentário na íntegra:
“Os produtos e soluções da Huawei são utilizados em mais de 170 países e atendem a 46 das 50 maiores operadoras do mundo, além de serem utilizados por companhias listadas na Fortune 500 e por milhões de consumidores. Muitas empresas e pessoas escolhem a Huawei porque confiam na companhia e reconhecem seu valor. A Huawei está surpresa com as ações do governo dos Estados Unidos reportadas pela imprensa. A Huawei acredita fortemente que seus parceiros e clientes farão a escolha certa com base em seus próprios julgamentos e experiências com a empresa. A companhia continuará a oferecer soluções inovadoras a nossos clientes globais.”
E o Brasil?
A reportagem não cita o Brasil como um dos países que recebeu a orientação de Washington. No entanto, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, já afirmou que a política externa será profundamente alinhada com o governo americano. Além disso, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior importador de commodities produzidas no País.