Austin (EUA) – Colleen McCreary, Chief People Officer da Vevo, aparenta ter um hábito curioso de analisar as palavras que utilizamos costumeiramente. Exemplo disso é a forma como ela encara a questão do trabalho. “Emprego e trabalho são coisas diferentes”, afirma, comparando as palavras “job” e “work”, respectivamente. “O trabalho é diferente para todos os indivíduos”, acredita. “É o local para onde nossa mente se direciona, para onde enviamos nossa criatividade”. Emprego, não – este é o que coloca comida da mesa.
Nesse sentido, ela afirma que a palavra “feliz” – do inglês “happy” também é bastante arriscada. “Empresas não foram feitas para fazer as pessoas felizes”, defende. Gente feliz, inclusive, não é garantia de gente produtiva. Mas, isso não quer dizer que o trabalho torturante é legítimo. Chorar no banheiro todos os dias também não é legal.
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Assim, como aponta Beth Steinberg, especialista em liderança e desenvolvimento de empresas e talentos, as pessoas saem de seus empregos por vários motivos – não há nada de errado nisso. Mas, em um cenário em que a insatisfação das pessoas com as empresas é uma realidade irrefutável, o desafio é que as companhias se questionem como podem se adaptar a uma realidade em que, com 45 anos, as pessoas podem ter tido 11 empregos?
“O trabalho está ligado a jornada que é a nossa vida”, argumenta Patty McCord, coach de CEOs. Ela crê ainda que somos bons naquilo que gostamos de fazer. Mas, de novo: isso não tem relação com “estar feliz”. É muito mais uma questão de propósito. “É fácil saber se você quer ou não continuar em uma empresa. Se você acorda querendo ir trabalhar, você está satisfeito. Caso contrário, não”, diz. “Conhecemos pessoas que gostam do trabalho, que chegam em casa e comentam que tiveram um dia bom. É essa a métrica. É o que vale”
Não é preciso estar feliz para gostar do próprio trabalho
Em painel realizado no SXSW, três especialistas debatem o que significa gostar do próprio trabalho e esclarecem pontos ligados ao assunto
- Melissa Lulio
- 2 min leitura
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