Se não bastasse o distanciamento social e todo o enfrentamento da população contra o novo coronavírus, órgãos de defesa do consumidor investigam a ação de criminosos que andam de olho nas doações feitas nas lives musicais. É o chamado “Golpe da Live”.
Um dos órgãos de olho nesse golpe é o Procon São Paulo. Esta semana, o órgão notificou o Facebook Serviços Online do Brasil, responsável pelo Instagram, e o Google Brasil Internet Ltda., responsável pelo YouTube, com a finalidade de obter informações sobre falsas transmissões de cantores sertanejos, que pediam doações supostamente destinadas a famílias afetadas pela pandemia da COVID-19.
Segundo informações do órgão, nas lives falsas foram divulgados QR Codes e contas para que as pessoas fizessem as doações. As transmissões falsas reproduzem o sinal ao vivo da live oficial em outra plataforma.
As empresas deverão esclarecer se o canal é responsável pelo fornecimento do QR Code para a doação de valores e a quem estes precisam estar atrelados (ao canal ou a quem efetua a transmissão do vídeo); de que forma o consumidor-usuário pode identificar que a transmissão é falsa e não devidamente autorizada pelo canal; e quais políticas de segurança são aplicadas para evitar o acesso a uma transmissão irregular.
Terão ainda que informar quais mecanismos são utilizados para retirar do ar a transmissão irregular; como o consumidor-usuário é informado da irregularidade; e, após a constatação da irregularidade das transmissões, que providências foram adotadas, especialmente em relação aos responsáveis pela retransmissão.