Já parou para pensar que as mudanças tecnológicas também vêm afetando os hábitos de consumo no setor de alimentação saudável? Gerações como a Z e os Millennials sabem bem disso.
Essa nova era alterou significativamente a forma do indivíduo se relacionar com a comida. Não à toa, o mercado de alimentos saudáveis e de carne vegetal têm crescido substancialmente. McDonald’s e Burger King, não nos deixam mentir. Os gigantes de fast food aderiram a essa tendência e também incluíram lanches vegetarianos em seu cardápio fixo, comprovando que as empresas especializadas na chamada carne vegetal (aquela com gosto e textura de carne, mas sem ingredientes animais) vieram pra ficar.
“Cada vez que você escolhe algo pra comer ou beber está votando pelo mundo no qual quer viver. As pessoas desejam produtos mais saudáveis sustentáveis e autênticos”, afirma Ligia Camargo, Head de Comunicação e Sustentabilidade da Danone, durante o BHB Food – Fórum de Tendências e Inovação em Alimentos e Bebidas.
E para as gerações o que isso significa? Comida de verdade, ingredientes conhecidos nos rótulos e menos processados.
“O consumidor não quer só comida. Nós comemos pelo biológico, mas ninguém vai mudar a alimentação se nós não entendermos a cultura alimentar e a parte social de cada um”, refletiu Cynthia Antonaccio, CEO da Equilibrium.
Hoje a origem do alimento importa e a maneira com que as marcas se comunicam com o seu público também. É imprescindível que a comunicação siga à risca os anseios dessas gerações e seja cada vez mais inclusiva, educadora e engajadora.
Essa conexão entre o que o consumidor espera e o que a empresa pode ofertar evoluem de forma exponencialmente mais intrínseca. E aí não importa se a demanda é por produtos cosméticos veganos mesmo que aquela pessoa continue consumindo carne.
“Cada vez mais as empresas foram conectadas com o seu consumidor. E precisam alinhar suas estratégias e deixar claro sua causa e propósito de atuação. E o consumidor também se conecta com causas e propósitos. Essa nova geração quer flexibilidade de tempo”, reforça Keyvan Macedo, Gerente sênior de Sustentabilidade da Natura.
Veja abaixo alguns insights importantes sobre o assunto:
1. Os Millennials estão quase 100% do tempo conectados e envolvidos com o que comem. Podem nunca ter ido para a Tailândia, por exemplo, mas conhecem a fundo a culinária daquele país;
2. O consumo de bebidas vegetais deve substituir em 40% o que hoje é o consumo de lacteis;
3. Existe uma gourmetização do setor que fomentou a criação de 47 programas diferentes e realities de gastronomia pelo Brasil;
4. A falta de tempo criou cenário para os produtos pré-preparados, em que a pessoa que gosta de cozinhar, mas está sempre correndo, pode ir à cozinha vez ou outra;
5. Cada vez mais cria-se a necessidade dos chamados processos naturais e artesanais, que evidenciam esse momento de resgate ao antigo;
6. 63% dos Millennials estão substituindo refeições por snacks por estarem muito ocupados;
7. A geração Z vai ser mais zen. Vão consumidor menos bebida alcoólica e mais alimentos e bebidas a base de cannabis;
8. A carne de laboratório em 2013 custava 250 mil dólares o kg. Hoje é encontrada por 50 dólares. “Está cheia de dilemas éticos, mas deve ser o hambúrguer do futuro”;
9. A origem dos alimentos e o bem estar importam. De onde vem a carne que eu consumo?;
10. O mercado de assinatura de cestas orgânicas segue em crescente.
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