Um estudo, da TransUnion, destacou recentemente uma tendência que acompanhamos a muito tempo por aqui: a Geração Z deseja ampliar o seu nível de consumo.
O aumento de consumo no quarto trimestre de 2022, somado a um otimismo para os primeiros meses de 2023, dispararam alguns gatilhos sobre consumo e gerações, que foram analisados na pesquisa Consume Pulse, da TrasUnion.
80% espera crescimento de renda nos próximos 12 meses
O cartão de crédito é o produto financeiro mais citado
29% relataram fazer de 50% a 75% de suas transações online
Risco de fraudes digitais preocupa 85% dos entrevistados
Geração Z deseja ampliar o seu nível de consumo
A TransUnion, é uma empresa global de informações e insights, e seus resultados do estudo Consumer Pulse (referentes ao quarto trimestre de 2022), revela o quanto a Geração Z impacta o consumo no Brasil.
O recorte do estudo comparando gerações mostra que a Geração Z, que consiste em jovens com pouco ou nenhum histórico de crédito, é a que mais deseja ampliar o seu nível de consumo. Dessa forma, tornam-se alvo para ofertas de produtos e serviços de empresas que buscam aumentar a receita alcançando um nicho de consumidores ainda pouco explorado e conhecido, sob ponto de vista de mercado.
O destaque desta edição foi o crescimento no consumo ao longo de 2022. Além disso, os consumidores se mostraram otimistas para o início de 2023: 71% têm expectativa de aumento de renda nos próximos 12 meses, sendo 80% deles da Geração Z (nascidos entre os anos de 1995 e 2004).
Os Zs são mais ativos em diversos setores d econsumo
A Geração Z tem se mostrado ativa também em outros setores, e liderado a expectativa de aumento do consumo em áreas como varejo, saúde e investimentos.
Neste primeiro trimestre de 2023, 37% da Geração Z espera gastar mais em compras no varejo físico e/ou online, em comparação com 26% de todas as outras gerações.
A comparação e maior interesse desse público também se manifestou em outros segmentos: 31% da Geração Z espera gastar mais com cuidados e serviços médicos (versus 23% do total das outras gerações), e 34% planeja aumentar seus gastos com fundos de aposentadoria e investimentos (versus 24% do total das outras gerações).
“Esses dados são relevantes porque demonstram interesse bastante superior de indivíduos pertencentes a uma geração sobre a qual ainda não se têm muita informação de crédito, mas que, graças aos dados alternativos, pode ser melhor compreendida e avaliada em seus interesses de consumo”, explica Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Soluções da TransUnion Brasil.
Necessidade de crédito é maior com público jovem
Já em relação às necessidades de crédito, o estudo mostra que o cartão de crédito é o produto financeiro mais demandado para 2023 entre as pessoas entrevistadas. Dentre os principais consumidores estão os Millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 1994) e a Geração Z, com 60% e 50% respectivamente, e os consumidores com renda mensal acima de R$5 mil reais com 47%.
Em segundo lugar estão os empréstimos pessoais: 40% das pessoas entrevistadas planejam solicitar um novo empréstimo pessoal em 2023, sendo que 45% é da Geração X (nascidos entre os anos de 1965 e 1979), e 45% possuem renda mensal de até R$1 mil.
Digitalização e Inclusão Financeira
A digitalização é uma realidade, mas ainda há uma longa jornada para que os consumidores incorporem por completo em seu dia a dia. No terceiro trimestre, 29% das pessoas entrevistadas relataram que realizavam entre 50% e 75% de suas transações on-line, incluindo serviços bancários, compras e trabalho remoto. No entanto, apenas 5% das pessoas de baixa renda afirmaram fazer o mesmo. Entre as gerações, Millennials foram os que mais consumiram via canais digitais, com 34%.
“A digitalização acelerada nos últimos anos permitiu o acesso a bens e serviços para milhares de pessoas. Entretando, o acesso a produtos e serviços financeiros, especialmente o crédito, ainda é uma barreira para a população de baixa renda. Um dos principais motivos é a falta de histórico de dados dessa população, fazendo com que as empresas tenham dificuldade de mensurar o risco de crédito desta importante parcela da população”, avalia Claudio Pasqualin.
Proteção de identidade ainda é preocupação entre consumidores
As ameaças de fraude digital continuam sendo uma das principais preocupações dos consumidores entrevistados. No estudo, 55% afirmaram apreensão quanto à exposição de suas informações pessoais em vazamento de dados. Como resultado, 85% se dizem preocupadas ao compartilhar dados, sendo que 74% consideram a situação como invasão de privacidade e 68% temem roubo de identidade.
A preocupação com fraude de identidade e a experiência podem causar a perda de um cliente durante a sua jornada de compra
Quando estão se aplicando para ter acesso a um produto ou serviço financeiro, as informações pessoais que consumidores esperam que permaneçam privadas ao solicitar um novo crédito, seguro ou conta digital são, por exemplo, endereço (46%), renda (41%), informações sobre membros da família (40%), entre outros.
Pasqualim comenta: “Atualmente, a preocupação com fraude de identidade e mesmo a experiência do consumidor podem causar a perda de um cliente durante a sua jornada de compra. Muitas pessoas abandonam o processo depois de começar o preenchimento de dados, tanto por não se sentirem seguras em compartilhar seus dados pessoais, como pela complexidade e demora em finalizar o cadastro. Por isso, a busca por soluções de dados e ferramentas anti-fraude tem sido uma prioridade das empresas com operações digitais”.
O executivo acrescenta que algumas das principais abordagens avaliadas pela TransUnion é o uso das bases de dados durante o onboarding de clientes, fazendo tanto a validação cadastral quanto reduzir os campos preenchidos pelo cliente. “Resta às empresas construir uma jornada digital com o foco na experiência do cliente, sem abrir mão do nível de segurança necessário ao risco do negócio”, finaliza Paqualim.
Vale mencionar que o estudo Consumer Pulse do quarto trimestre de 2022 foi baseado em um levantamento junto a 958 indivíduos adultos e realizado de 3 a 15 de novembro de 2022.
Referência | definições de renda mensal:
1. Baixa renda – até R$ 1 mil/mês
2. Renda média – entre R$ 1 mil e R$ 5 mil/mês
3. Alta renda – acima de R$ 5 mil/mês
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