Uma pesquisa do aplicativo Snapchat, em parceria com a Crowd DNA, revela que 80% da geração Z quer mais contato presencial após pandemia. Foram entrevistados mil brasileiros, entre 13 e 24 anos, que por meio de questões de múltipla escolha apontaram suas tendências para o futuro. Em comparação com o cenário anterior à pandemia, “conhecer novas pessoas”, “sair com minha família” e “participar de eventos pessoais” se destacaram entre os planos dos entrevistados.
Para a psicanalista e criadora do aplicativo Animaí, Rita Martins, o confinamento e, consequentemente ter a vida restrita a um único ambiente para fazer tudo (dormir, comer, trabalhar, estudar etc) fizeram com que os jovens sintam mais necessidade de atividades de lazer no pós pandemia.
Estudos realizados por universidades norte-americanas apontam que ter amigos aumenta em até 10 anos a expectativa de vida e comprovam que este tipo de interação libera ocitocina que é o hormônio do bem-estar. “Além disso, percebo em minha prática clínica que tais momentos de descontração refletem no crescimento da produtividade no trabalho”, afirma a psicanalista.
Novo app busca conectar pessoas após pandemia
O app Animaí, lançado por Rita Martins no início do ano, tem o objetivo de conectar pessoas que buscam companhia para o lazer, seja assistir a um filme ou peça de teatro, tomar um chopp, ir à praia ou saborear um café e trocar ideias.
Segundo sua criadora, ele é diferente dos aplicativos de relacionamento e paquera, ” a ferramenta não tem o objetivo de conectar pessoas para encontros amorosos ou sexuais, mas criar uma rede de usuários que têm interesse em conhecer amigos e se divertir em uma programação de entretenimento”.
“O Animaí é uma ferramenta que se propõe a auxiliar as pessoas a aumentar seu círculo de amizades, viabilizando momentos de lazer e distração. Ele filtra os tipos de atividades/interesses em comum e os dias da semana e fornece a possibilidade de selecionar os bairros de preferência, a partir da geolocalização do usuário. Neste sentido, o app proporciona novas experiências, o que estimula o desenvolvimento das habilidades sociais, além das funções cognitivas, uma vez que o usuário conhece pessoas fora de sua ‘bolha”’, finaliza Rita.
Pandemia estimulou novas prioridades
Mas não é só a Geração Z que mudou comportamentos e prioridades com a experiência do confinamento e da pandemia. Estudos apontam que em todas as faixas etárias houve uma aceleração da proficiência digital – sobretudo nas gerações mais velhas.
Esse comportamento resultou também numa preocupação com a economia, com a estabilidade financeira e com o futuro. A constatação é da pesquisa “Me, My Life, My Wallet” (Eu, Minha Vida e Minha Carteira), realizada em 2021. Geração Z e os Millennials passaram a se preocupar mais com questões profissionais, de saúde e financeiras.
De acordo com o estudo, 92% da Geração Z se preocupam com a economia, 49% com o futuro emprego e com os impactos da automação no mercado de trabalho, 79% desejam possuir uma casa e 83% um carro. Uma geração que sem dúvida tem as mesmas preocupações de gerações anteriores, porém, com a complexidade dos novos tempos.
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