Mudamos nossa forma de comprar. Antes da Revolução Industrial o foco era no cliente, tudo era sob medida, por artesãos. Os clientes eram conhecidos por quem fornecia os produtos, até mesmo pela pequena quantidade de estabelecimentos comerciais disponíveis.
A revolução industrial, padronizou tudo para todos. O foco passou a estar no produto, o lema era ?fabriquem que os clientes comprarão?.
Mas muita coisa mudou desde a revolução. É o que exemplifica Eduardo Peixoto, chefe executivo de negócios do CESAR ?Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife.
As mudanças tecnologicas irreversiveis impulsionam mudanças no mercado, como o mobile. Com isso o foco voltou para o cliente, e consumidor precisa voltar a ser o foco. Hoje a cocriação, com auxílio da opinião dos clientes, significa 50% cocriação faz parte das estratégias das empresas. ?Não tem volta, a coisa vai andar por ai?, afirma.
Os dispositivos móveis mudaram o comportamento do consumidor, que hoje usa o celular nas lojas para comparar preços ou pedir sugestões aos conhecidos.
Dados e o futuro
Como o lojista está percebendo que o uso dos dados é importante, a Amazon pode ser um exemplo. O grande mamute do varejo constrói dispositivos para pegar informações, mas também usa todas as empresas da sua cadeia para isso. Se o consumidor interagiu com a empresa, deixa algum rastro que permite que a Amazon o conheça melhor. ?não basta mais fidelizar, é preciso engajar?, explica Eduardo. ?Dados ajudam a encantar o cliente. O futuro é alguma coisa possível, nao necessariamente realizável, mas precisamos entender para nos preparar para ele?.
Peter Kronstrom, do Copenhagen Institute for Future Studies afirma que o futuro não existe, ?existem futuros, podemos criar o futuro que a gente quer?.
Ele afirma que está cada vez mais claro que o varejo está em processo de mudança, ainda nao tão profunda, porque a maioria das pessoas compra no varejo tradicional. ?A incerteza é a nova realidade, entenda as possibilidades mais prováveis paras tomar decisões confiáveis