A desigualdade de gênero ainda é uma realidade no Brasil e no mundo. Um dos principais pontos de debate é a diferença salarial entre homens e mulheres. Enquanto alguns países, como Islândia e Inglaterra, estão avançando no combate à desigualdade, o Brasil retrocedeu 11 posições no ranking Global de Desigualdade de Gênero.
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Para ajudar a reduzir a diferença de pagamento entre mulheres e homens, a empresa britânica Legal & General lançou um fundo de 50 milhões de libras esterlinas. O Future World GIRL Found quer combater as disparidades salariais. O objetivo é que investidores “façam a diferença nas empresas em que investem”, diz a nota oficial da empresa. O fundo prioriza os investimentos em empresas que possuem uma representação justa de mulheres em todos os níveis.
Avanços
A iniciativa vai de encontro com o esforço do Reino Unido para diminuir a discriminação no mercado de trabalho. Uma nova lei deu um ano para que as empresas publiquem a diferença salarial entre homens e mulheres. A medida, que entrou em vigor em abril, é considerada o maior avanço do país em questões de gênero em 40 anos. Já a Islândia foi além. No primeiro dia do ano, o país proibiu que as empresas paguem mais para homens do que para mulheres que possuem o mesmo cargo. Os negócios com mais de 25 funcionários precisam ter um certificado do governo ou serão multados. Apesar da pequena população da Islândia (menos de um quarto do número de funcionários do Walmart, a nova lei mostra um movimento importante rumo à igualdade.
Bom negócio
Dados mostram que os investidores do Future World GIRL Found devem se dar bem.Isso porque um estudo da americana UC Davis Graduate School of Management revelou que empresas com mulheres em níveis executivos têm um desempenho melhor na comparação com aquelas que formadas prioritariamente por homens. Segundo a consultoria MCKinsey, o avanço da igualdade de gênero deve injetar US$ 12 trilhões à economia global até 2025.