No primeiro semestre do ano, as micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo registraram queda de 11,9% no faturamento real (descontada a inflação), na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita total das MPEs paulistas foi de R$ 275,9 bilhões, o que significa R$ 37,3 bilhões a menos do que nos primeiros seis meses de 2014.
De acordo com a pesquisa Indicadores Sebrae-SP, divulgada hoje (20), o resultado é pior que o registrado no primeiro semestre de 2009 (-10%), quando a economia sofria as consequências da crise financeira internacional.
Segundo o levantamento, todos os setores sofreram quedas. O de serviços apresentou recuo de 13% no faturamento, no comércio a diminuição foi de 12,2%; e na indústria de 8,6%.
Considerando somente o mês de julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 9,2%.
Para o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf, a explicação para o desempenho negativo está na queda do consumo, decorrente da piora na confiança e da redução do poder de compra, por parte da famílias e das empresas que consomem de outras. ?Com menor margem de manobra para suportar a crise, o impacto no caixa dos pequenos negócios acaba sendo
muito mais forte. Isso é preocupante, uma vez que são essas empresas que geram emprego e renda, são importante fator de equilíbrio da nossa economia?, afirma.
As expectativas, porém, são positivas. O levantamento mostrou que 57% dos micro e pequenos empreendedores disseram acreditar em estabilidade no faturamento de sua empresa para os próximos seis meses. Em julho de 2014, 59% apostavam nessa possibilidade. Os que esperam melhora são 20% ante 26% de um ano antes. Já os que preveem piora passaram de 6% em julho de 2014 para 16% em julho deste ano.
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