A ruptura de supermercados passou de 11,16% em março para 10% em maio, segundo pesquisa da Neogrid/Nielsen. O porcentual é o menor registrado neste ano. A ruptura representa a falta de itens nas gôndolas e é um dos maiores problemas do varejo. Isso porque sem produtos em loja, o varejo perde oportunidade de vendas.
Os dados analisados são calculados pela solução NeoGrid Supply Chain Benchmark Powered by Nielsen, que traz o conceito OSA (On Shelf Availability), indicador que reúne informações homologadas de mais de 10 mil lojas de varejos do Brasil e que mede, diariamente, a disponibilidade de produtos na gôndola, a venda estimada por produto, por loja e por dia, as causas das faltas desses itens e como corrigi-las.
Entre os segmentos, a falta de produtos do setor de higiene e beleza foi a que apresentou a maior redução entre março e maio, uma queda de 1,69%. Com isso, o segmento apresentou no mês de maio uma ruptura de 9,23%. Já o setor de alimentos teve a ruptura mais alta de maio, de 10,57%. O segmento de Limpeza apresentou ruptura de 7,90% e o de Bebidas, de 9,44%.
“Com a troca do governo e o aumento da credibilidade dos empresários, houve maior investimento em produtos variados, o que consequentemente reduziu as faltas nas prateleiras”, explicou, em nota, o diretor de relacionamento do varejo da NeoGrid, Robson Munhoz.
O leve aumento nas vendas dos supermercados, de 0,24% nos primeiros quatro meses do ano, também é apontado como mais um motivo para a redução da ruptura.
“Com as mudanças políticas, há uma melhora na expectativa dos brasileiros sobre a economia e os varejistas esperam que a demanda aumente, mas os resultados atuais também têm relação com medidas econômicas tomadas anteriormente e que só começam a aparecer agora”, completou Munhoz.
Apesar do recuo, a ruptura ainda está com índices altos. “Historicamente, os varejos registravam índices em torno de 8% de ruptura. Precisamos aguardar as próximas movimentações para ver como o mercado irá reagir”, avalia Munhoz.