Dar aquela espiadinha no Facebook de vez em quando é normal. Afinal, quem não gosta de postar uma foto de um dia bacana ou conferir como está a vida dos colegas? De fato, é difícil conhecer alguém que não goste de estar presente nas redes sociais. Não só com fotos, mas com vídeos, textos, checkins em lugares que frequenta.
Essa rotina virtual, quando bem usada, é bem comum. No entanto, às vezes, pode trazer alguns problemas à vida real. Os efeitos negativos da internet já fazem parte do quadro de doenças contemporâneas e estão cada vez mais frequentes nos consultórios médicos.
A Psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Aline Melo, aponta que os principais problemas por conta do uso exagerado da internet são o afastamento social, alienação, isolamento e depressão. “As pessoas estão usando a internet como uma válvula de escape para distúrbios de personalidade e, até mesmo, para tentar fugir dos problemas da vida real”.
Segundo a especialista, o vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de serem ignorados. Por isso, é preciso cuidado, moderação e saber avaliar se o tempo que está dedicando ao mundo online afeta a execução das atividades no mundo real. “A internet possui o poder de distrair o indivíduo ao ponto de que ele não perceba o tempo passar, deixando de fazer outras coisas e de ser mais presente entre amigos e família para permanecer conectado” complementa.
Esses efeitos negativos não são resultados apenas da quantidade de tempo perdido nas redes sociais, mas, também, de abrir mão de eventos para ficar na companhia da web. “Percebe-se o vício quando a pessoa deixa de fazer outras coisas para estar conectada à internet, jogando online ou checando mensagens”, explica.
O uso excessivo da internet, quando identificado como patológico, pode ter tanto poder quanto o vício da bebida e das drogas. “É uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes, porque o prolongamento da situação acarreta problemas de saúde, psicológicos e sociais ao indivíduo, além de afetar a todos que convivem com ele, prejudicando seriamente suas relações interpessoais. Ao ter consciência de que você ou outras pessoas não estão mais conseguindo controlar esse tipo de comportamento, busque orientação médica” finaliza a profissional.