O faturamento do varejo na Black Friday cresceu 23,% em relação ao ano passado. Em 2019 a data de descontos rendeu R$ 3,2 bilhões ao setor. A data teve mais aderência entre pequenos e médios varejistas, com um m-commerce mais fortalecido e mais pessoas aproveitando os descontos.
Mas nem tudo foram flores nesta Black Friday. O varejo online teve um prejuízo de R$ 132,05 milhões por causa de uma infraestrutura deficiente.
Um estudo da Sofist, empresa que se dedica a evitar perdas em produtos digitais, monitorou 104 lojas virtuais entre a quinta-feira pré Black Friday (28/11) e a Cyber Monday (02/11). A empresa verificou que 90 dos 104 sites impediram o consumidor de navegar em seu e-commerce em algum momento.
A indisponibilidade se deu quando os sites apresentaram problemas técnicos como páginas de erro, uso de páginas de espera e demora excessiva para carregar uma página – acima de 45 segundos. No total foram 88 horas de indisponibilidade dos e-commerces analisados.
Para Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor da divisão de varejo da consultoria 360 Varejo, falta planejamento para os varejistas.
“Todo lojista sabe que receberá um movimento muito acima do normal. Do ponto de vista técnico não há nenhuma impossibilidade em escalar a infraestrutura, considerando fornecedores e recursos disponíveis no mercado’, afirma.
Não à toa, fazer testes antes da Black Friday vem se tornando um hábito dos varejistas, principalmente dos grandes players. Em novembro, a NOVAREJO mostrou como funcionam os testes em grandes varejistas, como Netshoes e Arezzo.
“Me parece mais uma questão de falha de planejamento mesmo. Em uma análise mais rigorosa, isto beira a negligência
Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor da divisão de varejo da consultoria 360 Varejo.
Falhas primárias, como demora para carregar uma página e sites fora do ar por conta do alto fluxo de visitantes, poderiam ser evitadas após baterias de testes, que mostram as deficiências na infraestrutura e dão o caminho de um investimento eficiente.