A área de Compliance pode trazer muitos benefícios às empresas na hora de realizar o alinhamento de metas a serem atingidas pelas equipes, porém, até que ponto ela consegue ser monitorada? A pesquisa “Maturidade do Compliance no Brasil”, realizada pela KPMG com 450 empresas de diversas regiões do país, revela dados sobre os desafios postos à essa área. De acordo com o estudo, monitorar a efetividade do compliance é a principal dificuldade dessas empresas (86%), seguido por mapear os riscos e desenvolver indicadores-chave (85%) e integrar a função com outras áreas do negócio (83%).
Outro dado interessante da pesquisa é que 59% dos entrevistados apontaram que as lideranças reforçam a importância do compliance e da governança para o sucesso da empresa. “As empresas devem repensar e adequar as práticas de governança em relação ao ambiente de compliance e no âmbito tecnológico, as questões relacionadas a riscos cibernéticos e data analytics ganharão cada vez mais espaço e precisarão passar pela análise dos profissionais que monitoram o compliance”, explica o sócio da KPMG, Emerson Melo.
O comitê de ética e compliance ainda é uma área a ser trabalhada, de modo que 27% dos entrevistados disseram que não possuem um núcleo sobre o tema. Por outro lado, das organizações que possuem esse comitê, a presidência do grupo e as atribuições estão distribuídas por diversas áreas como jurídico, auditoria interna e recursos humanos. A pesquisa também indicou apenas 64% das empresas possuem mecanismos de gestão de riscos de compliance, enquanto 36% informaram desconhecer o termo.
Outros dados do estudo:
– 27% das empresas não possuem estrutura dedicada, 36% não possuem recursos adequados e 23% afirmaram não possuir autonomia e independência.
– 19% das organizações informaram não ter atualizado seus Códigos de Ética e Conduta, 36% afirmaram não possuir diretrizes sobre as medidas disciplinares aplicadas em casos de desvios e 29% afirmaram que os programas de compliance ainda não estão implementados de forma eficiente.