Transformação digital, trabalho remoto e híbrido, omnicanalidade, estratégia phygital… são muitos os conceitos que, já há alguns anos, acompanham as empresas e, certamente, estão presentes nos sonhos e pesadelos de executivos mundo afora. Com a pandemia de COVID-19 e o consequente distanciamento social, entretanto, esses termos tiveram de sair do planejamento e migrar, urgentemente, para a realidade.
Para o consumidor, as transformações são mais naturais e fluidas do que para as organizações: no momento em que não podia ir às lojas, ele simplesmente migrou para o e-commerce. Depois, com a reabertura das lojas, voltaram a fazer compras no ambiente físico – mas apenas em casos em que realmente vale a pena. Ou seja, as empresas tiveram de investir em uma verdadeira estratégia phygital para, enfim, estarem preparadas para encantar o cliente onde quer que ele esteja.
Existem alguns casos excepcionais nesse sentido. Um exemplo é o Grupo SBF, dono de um ecossistema composto por Centauro, Fisia (distribuidora da Nike no Brasil), NWB, Fitdance, OneFan e X3M, que aposta na complementariedade dos canais.
Na Centauro, por exemplo, as lojas funcionam como centros de distribuição, com foco em clientes que compram pelos sites ou aplicativos e retiram na loja mais próxima. Além disso, influenciadores digitais impulsionam as estratégias de social commerce e promovem, para os consumidores, experiências esportivas e de bem-estar presenciais.
Grupo SBF do digital ao físico
Nos canais digitais, o Grupo SBF divulga e vende produtos, mas também produz conteúdo sobre esporte – não apenas para quem já é atleta, mas também para quem almeja sair do sedentarismo. Com isso, busca construir um ecossistema, colocando o praticante e entusiasta do esporte no centro da relação.
Já nas lojas físicas – de Centauro e Nike, no caso –, o Grupo SBF busca oferecer uma experiência que extrapola a relação transacional de compra e venda. Essa estratégia é uma tendência global destacada, inclusive, na NRF 2023 por diferentes empresas: para que o cliente sinta que compensa ir até a loja em vez de comprar online, é preciso que haja mais do que produtos no ambiente físico.
Por isso, as lojas do Grupo SBF funcionam como pontos de vivência do esporte e do estilo de vida esportivo, meio de eventos de lançamentos de produtos, aulas, treinos, talk shows, encontros entre atletas e fãs, transmissões de jogos e competições etc.
Leia mais: O que esperar do social commerce em 2023?
Experiências em loja
Um exemplo disso são as lojas modelo G5 (Geração 5) da Centauro, que foram concebidas para oferecer serviços cada vez mais personalizados e experiências imersivas, sendo um lugar único de experimentação de produtos para a prática esportiva. O mesmo acontece com as lojas da Nike no modelo Rise. Em 2022, foram inauguradas no Brasil, pela Fisia, distribuidora oficial da Nike no país e integrante do Grupo SBF, as primeiras lojas com esse conceito no Brasil.
Esse novo formato, que já existe em outros locais ao redor do mundo, como Estados Unidos, Buenos Aires e Coréia, oferece produtos e serviços diferenciados para criar uma nova experiência de compra para os consumidores. Na loja Nike Rise do Shopping Ibirapuera (SP), por exemplo, são comercializados sneakers com modelos exclusivos. Também há um serviço de styling exclusivo: uma consultora de estilo disponível para auxiliar durante a jornada de compra e a disponibilidade de fazer ajustes em peças de roupa dentro da própria loja. Com o serviço Nike By You, o consumidor pode customizar tênis, tops, jerseys e camisetas com estampas e acessórios exclusivos.
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