Estudo inédito realizado em todo o Brasil de 06 a 10 de novembro com 450 pessoas, pela dunnhumby, multinacional inglesa especialista em ciência do consumidor, aponta mudanças na ceia do brasileiro e a perspectiva de um Natal mais econômico em 2015.

Em relação ao comportamento dos consumidores na comemoração da data, foi possível verificar que a ceia tradicional continua perdendo espaço para bacalhoadas e churrascos, em substituição às aves natalinas ? tendência que vinha sendo detectada pela dunnhumby desde 2013.

Quando o assunto é ceia de Natal, metade dos entrevistados estão dispostos a substituir o peru pelo frango. 42% dos entrevistados considera o fator financeiro para a troca. E 44% dos entrevistados dizem não fazer questão do peru na ceia.

Pensando na importância de atender o cliente que busca esta substituição sem comprometer sua ceia, o GPA, parceiro varejista da dunnhumby no Brasil, por meio das redes Extra e Pão de Açúcar, já aumentou em 20% o volume adquirido de aves mais baratas, apostando principalmente no consumo da classe C.

Por outro lado, o panetone lidera a preferência do brasileiro. 61% dos entrevistados o consideram indispensável e 53% acham que o panetone é uma boa opção de presente, principalmente para familiares e funcionários.

Natal na crise

A crise econômica deve impactar o planejamento do brasileiro para o Natal. Estudo da dunnhumby revela que apenas 5% dos entrevistados pretendem fazer uma celebração mais farta do que em 2014. O Natal deste ano terá menos presentes ou apenas uma ?lembrancinha?. 18% vão deixar de presentear para cortar gastos e 43% comprarão presentes mais baratos do que no ano anterior.

Segundo Rafael Guarnieri Garcia, gerente de pesquisa da dunnhumby, a confiança na economia brasileira, que já era baixa no início do ano, está ainda pior. ?Em abril, 35% dos entrevistados estavam muito pessimistas com a economia e, hoje, este índice subiu para 45%. Além disso, a sensação é de que a situação da economia irá piorar nos próximos meses. A inflação de serviços públicos e de alimentos é a principal preocupação do brasileiro?, afirma o especialista.