Referência no mercado de saúde, o Grupo Sabin investe continuamente em inovação e segue as melhores práticas de governança socioambiental (ESG), colocando a pessoa no centro do cuidado, o que reflete seu propósito, missão, visão, valores e compromissos.
Segundo Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, esse reconhecimento reflete a relevância desta pauta para a entidade, que tem certificado de Neutralização das Emissões de Gases de Efeito Estufa. Sede administrativa certificada pelo selo Gold Leadership in Energy and Environmental Design (LEED).
Além disso, tem participação no mercado livre de energia, que permite o consumo de energia proveniente de fontes sustentáveis. Possui também uma estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que permite o reuso de 100% da água utilizada dentro do maior Núcleo Técnico Operacional (NTO) do grupo. Além disso, há 17 anos o grupo realiza investimentos sociais por meio do Instituto Sabin, que já beneficiou mais de um 1,5 milhão de pessoas.
Foi sobre as características de uma liderança voltada para uma agenda ESG real no Brasil, que conversamos com a presidente do Grupo Sabin. Confira!
CM – Você sente que o consumidor é representado na agenda ESG do mercado brasileiro?
Lídia Abdalla – De uma forma geral, acredito que o mercado avançou bastante. O que se nota é que temos companhias mais motivadas e dedicar-se a boas práticas para gerar menor impacto ambiental e maior impacto social – tendência que vinha se desenhando nos últimos anos e que foi acelerada pelas recentes crises sanitárias globais.
O consumidor já não aceita apenas produtos e serviços de excelência, quer engajamento genuíno das empresas com os problemas concretos da sociedade. Temos uma economia gerada por ‘novos’ consumidores que pesquisam dados que vão além da descrição dos rótulos. As companhias notaram esta mudança e entenderam o valor de ter negócios mais sustentáveis, de atuar com transparência e investir em uma gestão consistente. Portanto, para ter consumidor fielmente representado na agenda ESG, é preciso ter ações, práticas e programas implantados para que esses compromissos sejam cumpridos.
“Para ter o consumidor fielmente representado na agenda ESG, é preciso ter ações e programas implantados para que esses compromissos sejam cumpridos”.
CM – O que, de fato, uma empresa ganha colocando o ESG como pilar central de suas estratégias de negócios?
Lídia Abdalla – ESG como pilar central nas estratégias de negócio contribui para a evolução da empresa, para o seu setor de atuação, para o ecossistema empresarial e para as comunidades, gerando um ciclo positivo de prosperidade.
O mercado financeiro também já entendeu isso. A parcela do capital que estabelece critérios baseados na agenda ESG é crescente. Então, não há outro caminho, ou as empresas desenvolvem ações genuínas que contribuam para a sociedade por vontade e consciência próprias ou terão mais dificuldade para financiar o crescimento.
CM – Como é difundir uma cultura empresarial voltada para a agenda ESG?
Lídia Abdalla – Em uma palavra: salutar. Quando nossas são práticas capazes de inspirar outras organizações a trilharem seus caminhos em direção às ações que buscam soluções para os mais diversos problemas, estamos sinalizando que é possível vivermos em uma sociedade melhor, com mais oportunidades e mais igualitária.
No Grupo Sabin, os investimentos nas pautas ESG são contínuos e começam de dentro pra fora. Entendemos que o crescimento real dos negócios está diretamente relacionado às pessoas no centro da estratégia, à contribuição às comunidades em que atuamos e a nossa capacidade de reduzir o impacto ambiental dos nossos negócios.
Também somos co-fundadores do Movimento Impacto, liderado por CEOs de grandes empresas que querem deixar um legado de inclusão e diversidade para as organizações. É uma das formas de inspirar outras empresas e marcas para construção de ambientes mais diversos e inclusivos.
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CM – Como sociedade, o que falta para essa agenda se tornar mais tangível e trazer modificações e benefícios em temas que há tanto tempo vemos serem discutidos, mas que ainda recebem pequenas ações isoladas, algumas quase sem ganho real e a longo prazo de melhorias?
Lídia Abdalla – O primeiro passo já foi dado. O mercado já compreende que ESG é muito mais do que um rótulo, exige compromisso e ações concretas. É claro que esta é uma caminhada longa de transformação e adaptação, mas deve levar em conta a urgência ambiental e social, por exemplo.
A agenda ESG é complexa e requer uma visão holística interna e externa para se consolidar em ações imprescindíveis. Não há como falar em crescimento sustentável e em ganhos econômicos e sociais, sem ter uma política séria de gestão de talentos, investir em relacionamentos saudáveis e seguros com os consumidores e cadeia produtiva, ter um modelo de governança pautada pela ética e transparência – com visão de futuro, agilidade na tomada de decisões, capacidade para lidar com cenários de incertezas.
CM – Para onde caminhamos com o ESG no Brasil, agora que o tema está mais maduro?
Lídia Abdalla – As empresas estão mais engajadas em ir além da excelência das suas atividades. São mudanças que chegaram para ficar e continuam impulsionando empresas a encontrar estratégias de negócios que proporcionem sucesso competitivo com responsabilidade.
Esta já é uma realidade e a tendência é que cada vez mais a agenda ESG motive as marcas a investir em projetos e programas mais sustentáveis a médio e longo prazo. É importante sensibilizar as lideranças sobre o seu papel de agente de transformação.
CM – Como as empresas podem extrair dessa agenda conexões reais com consumidores para que sua importância seja amplamente considerada como ponto central das relações de produção e consumo daqui para frente?
Lídia Abdalla – É fundamental primeiramente compreender o contexto em que vivemos. O Brasil é um país multifacetado, com uma riqueza cultural ímpar e uma diversidade singular. Acreditamos que a diversidade nos fortalece como negócio, como grupo e como pessoas.
Além de contribuir como uma sociedade mais justa e consciente, a diversidade e inclusão nas empresas contribuem diretamente para a inovação em serviços e produtos que vão atender as necessidades e expectativas do consumidor, mas também as necessidades da sociedade como um todo.
Contribuir com a agenda ESG de forma autêntica e consistente permite a entrega de valor aos stakeholders, ao planeta e à sociedade e é a base para que tenhamos empresas, marcas e negócios competitivos, sustentáveis e longevos.
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