A agenda ESG (Environmental, Social and Governance) nas empresas está cada vez mais em sintonia com os novos hábitos de consumo do brasileiro. Hoje o mercado de produtos veganos impulsiona uma demanda muita além de sua oferta, segundo especialistas.
O mercado de lácteos é um dos segmentos que mais cresce. Pesquisas apontam que doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal, por exemplo, impulsionarão em mais de 5% a demanda no mercado sul-americano dos leites e derivados vegetais nos próximos cinco anos.
De olho nesse cenário, a Qualy acaba de lançar a primeira margarina 100% vegetal e apenas com ingredientes naturais do país. A “Qualy Vegê” é produzida sem ingredientes de origem animal. Não possui conservantes artificiais, nem lactose, derivados de leite e não contém gordura hidrogenada.
Segundo Aline Alexandrino, Gerente Executiva de Qualy, o objetivo da empresa “é tornar acessível a todos a margarina à base de plantas, tanto em preço quanto em distribuição”. Aline informa que há pouca diferença de preço deste produto para uma margarina tradicional e que seu valor pode variar a depender do local de compra. “O foco está na necessidade dos consumidores e com objetivo de tornar o portfólio da marca Qualy ainda mais inclusivo”, ressalta a executiva.
Comunicação e compensação ambiental
Para diferenciar Qualy Vegê das demais opções do mercado, que geralmente são comercializadas em embalagens com tons amarelos, a companhia optou pelos tons de verde na sua embalagem, com destaque para a informação de fonte de Ômega 3.
Sobre os próximos passos da marca para ações sobre ESG, uma agenda tão importante e valorizada hoje pelo consumidor, a Qualy informa que desde o ano passado a marca abraçou o compromisso de compensar 100% do plástico utilizado em suas embalagens em uma parceria com a certificadora de reciclagem, eureciclo. O selo eureciclo indica que cada marca parceira valoriza e investe no trabalho da reciclagem por meio da compensação ambiental. No caso da Qualy, a compensação é feita em 100% das embalagens, ou seja, cada embalagem vendida, terá o equivalente de seu peso reciclado, informa a marca.
Além disso, a companhia informa que todas as embalagens de Qualy são recicláveis e reutilizáveis e a marca promove ativações recorrentes para incentivar a reutilização das embalagens em suas comunicações, tanto é que constantemente lança potes temáticos. “Dessa forma, as pessoas realmente podem dar outro destino como plantação de mudas, entre outros”, destaca Aline.
Leia mais: Qual é a importância do rótulo e da embalagem na experiência do cliente?
ESG: desafios e compromissos
Sobre os desafios de assumir um compromisso mais sustentável no mercado brasileiro, Aline diz que isso passa por diferentes etapas dentro da Qualy. Desde o desenvolvimento de produtos que sigam a sustentabilidade em todas as fases de produção, até a escolha de fornecedores que estejam envolvidos na cadeia produtiva. “Além disso, também temos as fases de testes para que o sabor e as qualidades nutricionais dos produtos estejam de acordo com os padrões da marca”, informa Aline.
Além de Qualy, Aline destaca que a própria BRF tem compromissos assumidos com a produção sustentável, como descarbonizar as operações, por exemplo. “Ou seja, rastrear 100% dos fornecedores na Amazônia e no Cerrado até 2025, zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2040. E ter 100% de embalagens recicláveis, reutilizáveis ou biodegradáveis até 2025”, conclui a executiva da Qualy.
Potencial de mercado
Vale lembrar que o potencial de mercado para produtos vegano é crescente. Segundo pesquisa do IBOPE Inteligência conduzida em abril de 2018, no Brasil, 14% da população se declara vegetariana. Há 4 anos, uma pesquisa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) apontava que mais da metade dos brasileiros (55%) “consumiriam mais produtos veganos se estivessem melhor indicados na embalagem ou se tivessem o mesmo preço que os produtos que estão acostumados a consumir (60%)”. Uma nova pesquisa da SBV, essa feita com Datafolha em 2017, revelou que 63% da população brasileira “gostaria de reduzir o seu consumo de carnes”.
Há também outros movimento das gigantes da alimentação em direção ao mercado vegano. Em 2019, por exemplo, o Carrefour e Pão de Açúcar fecharam parceria com a startup brasileira de hambúrguer vegano, “Fazenda Futuro“. Enfim, são mudanças e posicionamento de marcas que valorizam não apenas um compromisso com agenda ESG, mas destaca a visão de mercado das empresas para um público crescente e com grande potencial de consumo. Um público, informado, exigente e consciente dos valores transmitidos pelas marcas com as quais se identificam e consomem.
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