Para 56% das empresas é improvável ou pouco provável que elas sejam capazes de detectar um ataque cibernético sofisticado. De acordo com o estudo anual Global Information Security Survey, realizado pela Ernst & Young (EY) com 1.825 respondentes de 60 países, inclusive o Brasil, três são os principais obstáculos enfrentados hoje pelas empresas: falta de agilidade, falta de orçamento e falta de capacitação em segurança cibernética.
No quesito falta de agilidade, a pesquisa mostrou que as empresas entendem que existe um perigo claro e presente, mas as organizações não estão se movimentando com velocidade suficiente para reduzir os riscos. Segundo o levantamento, 67% dos executivos de grandes companhias acreditam que há crescentes ameaças de ciberataques, mas 37% não têm informações em tempo real para combater o problema.
A falta de orçamento também é um ponto crítico. O orçamento total de segurança da informação das empresas será o mesmo nos próximos 12 meses para 43% dos respondentes. ?Embora haja maior atenção em relação aos crimes cibernéticos nas diretorias e entre diretores não executivos, parece que esse interesse não se traduz em recursos orçamentários adicionais?, afirma Sergio Kogan, sócio da EY.
A falta de capacitação também coloca as empresas em alerta. De acordo com a pesquisa, 53% das empresas dizem que a falta de recursos humanos qualificados é um dos principais entraves para o programa de segurança da informação. Além disso, apenas 5% das organizações têm uma equipe de inteligência de ameaças. Para 38% dos entrevistados, “funcionários descuidados ou inconscientes” é a vulnerabilidade número um enfrentada pelas empresas. Os “controles de segurança da informação desatualizados” e o “uso de computação em nuvem” são segunda e terceira prioridades, respectivamente (35% e 17%).
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