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Além dos clássicos: empresas buscam investimentos alternativos para crescimento

Além dos clássicos: empresas buscam investimentos alternativos para crescimento

Novas culturas, conhecimentos e agilidade são alguns dos fatores que levam empresas a buscar alternativas para investimentos

Há uma tendência nas apostas de crescimento de grandes negócios: a busca por novidades. Em um cenário no qual fusões e aquisições em escala dominavam, as companhias agora buscam investimentos alternativos. Um relatório de M&A da Bain & Company mostrou que houve um crescimento de parcerias e CVC (capital de risco alternativo, fundo destinado por empresas para investir em startups externas).

O relatório analisou 15 movimentações de empresas de bens de consumo em 2022, e notou um aumento nessas transações. Embora 40% dos resultados estejam aquém das expectativas, a projeção e de crescimento ou estabilidade de CVC e parcerias até 2026.

Por que usar investimentos alternativos?

De acordo com a Bain & Company, o crescimento de negócios alternativos tem a ver com um cenário macroeconômico e funcionam como possibilidades de crescimento. Alguns desses fatos:

  • Ambiente antitruste: diversas legislações dificultam e atração a fusão de empresas. Isso é mais acentuado em empresas grandes e setores de bens de consumo.
  • Agilidade e praticidade: o CVC não envolve investimentos massivos e nem grandes e complicados processos clássicos. Isso potencializa o crescimento rápido e simplificado das empresas.
  • Familiaridade: acordos comerciais alternativos dão às empresas um “gostinho” de como futuros aportes e fusões podem se desenrolar, pois as equipes têm oportunidade de se conhecer e o aporte de capital pode até diminuir.

Quais tipos de investimentos alternativos crescem hoje?

Fusões e aquisições tradicionais, assim como parcerias clássicas para construção de mercados, ainda são bastante comuns. Mas as novas práticas abrem portas e dão novas ideias.

O CVC, por exemplo, é bastante usado para manejar as empresas em cenário digital, pois permite uma rápida e completa imersão no mundo conectado, acompanhando tendências que de outra forma seriam mais demoradas para serem aplicadas. Como há mudança rápida e constante no mundo digital, é importante entender essa evolução enquanto ela acontece, e novas empresas ajudam nessa missão. Já joint ventures e alianças ajudam a ver um cenário mais amplo, e desenvolver mais rapidamente questões ambientais, sociais, legislativas e governança corporativa.

Hoje, diversas grandes empresas têm um manual de fusões e aquisições adaptado para garantir uma boa estratégia de negócios em CVC e joint ventures a partir das necessidades do próprio negócio. Achando a empresa certa para um aporte, ainda há processos de aprendizado, integração corporativa e ênfase em novas culturas empresariais.

O que pode dar errado em investimentos alternativos?

O relatório da Bain mostrou que quatro entre dez investimentos CVC em empresas de produtos de consumo não atendem ou não superam as expectativas. Questionados, os executivos apontaram alguns pontos principais para o entrave

Uma grande questão é falta de comprometimento de algumas partes administrativas. Muitas vezes, líderes sêniores não levam a parceria a sério, e acabam não transmitindo para a equipe os potenciais e a estratégia por trás da decisão. Outro fator é a importância de definir uma governança clara e ter pessoas específicas responsáveis pelas tomadas de decisões. Isso muitas vezes é dificultado pela falta de coordenações regionais: as legislações e regulações de cada local não são articuladas de modo global. No caso de divisão clara, haveria aceleração de tomadas de decisões e engajamento, gerando agilidade e segurança.

Existem também fatores sociais e de estratégia. O relatório mostrou como, em 45% dos casos, houve o problema de adequação cultural. Embora haja uma junção de empresas, não há um ajuste cultural e nem esforços de união de pessoal. Além disso, a falta de métodos claros de métricas de desempenho e crescimento afetam quase metade das empresas. É preciso ter noções sólidas e concretas do que se espera pela parceria.

Em suma, é importante para as empresas abrir as portas para o novo. Assim, há mais chances de engajamento em novas tendências e negócios, e maiores oportunidades de crescimento em novas tendências. Isso fortalece estratégias e ações, o que pode gerar uma vantagem em cima de empresas concorrentes.

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