Nos tempos atuais, o empreendedorismo deixou de ser o simples ato de criar o próprio negócio e tornou-se uma poderosa ferramenta de transformação, capaz de gerar impacto na vida das pessoas e na sociedade como um todo. Nesse contexto, o empreendedorismo com propósito emerge como uma abordagem que não busca apenas o lucro, mas também a promoção da inclusão social – um dos pilares fundamentais para a construção de uma sociedade equitativa e justa.
Garantir que todas as pessoas, independentemente de sua origem, gênero, orientação sexual, condição física ou socioeconômica, tenham acesso igualitário a oportunidades, recursos e direitos não é uma tarefa fácil, e muitos indivíduos ainda são marginalizados e excluídos. Mas é nesse cenário que o empreendedorismo com propósito se destaca.
Empreendedores que abraçam a missão de promover a inclusão social incorporam valores e ações que buscam criar um impacto duradouro. Eles não veem a diversidade e a inclusão como uma obrigação, e sim como um ativo valioso que impulsiona a inovação, a criatividade e o crescimento sustentável.
“A inclusão social passa por gerar oportunidades
iguais e de qualidade para todos”
Para Bete Marin, cofounder da MV Marketing, agência digital especializada no público 50+, a inclusão social está atrelada ao combate às desigualdades sociais e econômicas: “Quando construímos juntos – como sociedade –, um país no qual todos têm voz e oportunidades de desenvolver o pleno potencial, estamos criando uma nação mais forte, justa e que enxerga a diversidade como fortaleza. E, nessa forma de pensar, o conceito de oportunidade tem muito peso. A inclusão social passa por gerar oportunidades iguais e de qualidade para todos; passa por enxergar o quão diverso é o tecido social e a importância dessa diversidade ocupar todos os espaços possíveis”.
Ao ponderar sobre o preconceito etário, por exemplo, Bete Marin ressalta que os brasileiros maduros são impedidos de terem uma jornada repleta de futuros potentes. “Hoje, no país, chegar aos 50 anos implica em ser excluído do mercado de trabalho. Mas, em um país em processo de envelhecimento, isso não faz sentido! Até porque envelhecer nos dias de hoje é muito diferente do que era no passado. Chegamos à maturidade cheios de energia, sonhos, planos e capacidade realizadora. Na prática, a inclusão social passa por acolher, valorizar e garantir oportunidades para todos”, avalia.
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O marketing como ferramenta em prol da inclusão
Empreendedores engajados na inclusão social enxergam oportunidades onde outros veem desafios, e desenvolvem produtos, serviços e soluções que atendem às necessidades de grupos frequentemente negligenciados pela sociedade. Para a cofounder da MV Marketing, dar voz e visibilidade para as pessoas 50+ deve ser a pauta principal das corporações.
“Nessa jornada, acreditamos que os profissionais de Marketing têm uma enorme contribuição, mas precisam aprender a dominar uma nova linguagem. Ou seja, acreditamos que o Marketing tem um papel social importante e pode ser agente de combate ao etarismo e de inclusão dos prateados. Mas, para tal, precisa adquirir conhecimento e se apoderar dessa causa que é
muito legítima”, complementa.
O consumidor 50+ apresenta peculiaridades, especialmente porque, ao longo da vida, foi muito exposto à publicidade. Com esse amplo repertório, tornou-se um cliente cético e extremamente criterioso; além disso, acredita que é invisível para as marcas. Esse conjunto confere a ele a percepção de que o marketing é enganoso ou distante – e que não fala a mesma língua dele. “Por isso criamos, na MV Marketing, a Jornada de Letramento em Longevidade, que parte de um lugar propositivo para endereçar soluções de combate ao etarismo pela via da disseminação da informação e pela formação de uma nova geração de profissionais que entende a nova demografia do país e inclui a diversidade etária em suas estratégias de Marketing”, aponta Bete Marin.
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O impacto positivo da inclusão permeia
diversos setores da sociedade
As iniciativas de inclusão vão além das melhorias diretas para os grupos marginalizados, e são uma estratégia inteligente para o desenvolvimento econômico sustentável de um país. Ao incluir o público 50+ no mercado de trabalho, mais pessoas podem adquirir bens e serviços, e as empresas têm mais incentivo para produzir, levando ao crescimento econômico.
Atualmente, pessoas a partir de 50 anos de idade representam 26,5% dos brasileiros, de acordo com o Censo 2022 do IBGE. E a perspectiva é que o Brasil se torne o sexto país mais velho do mundo até 2050. “O consumidor 50+ representa um grupo econômico ativo, movimentando quase 2 trilhões de reais no país. Ao incluir o consumidor 50+ nas estratégias de marketing, as empresas geram oportunidades para expandir seu mercado consumidor de forma sustentável”, pontua Bete Marin.
Por outro lado, a cofounder da MV Marketing aponta que o crescente preconceito etário que vem acompanhado do rápido envelhecimento da população brasileira se torna um desafio a ser superado. “Apesar do potencial da Economia Prateada, um vilão surge para negar a força dessa revolução: o etarismo – que afeta aproximadamente metade da população mundial, conforme o Relatório Global sobre Etarismo, controlado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse tipo de preconceito, que se cruza com outras formas de detecção, atinge principalmente as mulheres”.
Diante desse cenário, a empreendedora acredita que as empresas precisam assimilar o conceito de Letramento em Longevidade: “Não basta apenas combater o etarismo dentro das empresas. É essencial disseminar o conceito de crescimento sustentável por meio da inclusão social. E acreditamos que os profissionais das áreas de Marketing, ESG e Recursos Humanos, juntos, têm uma enorme contribuição, como agentes de inclusão social. Mas, para tal, precisam adquirir conhecimento e se apoderarem dessa causa de combate ao etarismo, que é muito legítima”.
Como identificar oportunidades de negócios que
promovam a inclusão social?
Ao construir equipes para o negócio, Bete Marin defende que é preciso ter em mente que a diversidade é um elemento fundamental: “Ter profissionais maduros na equipe e que representem as diversas facetas da maturidade brasileira – misturando-os com pessoas mais jovens – é uma arma poderosa para quem empreende. Como sabemos que contratar no início do negócio é algo complexo, pense em alternativas como consultoria ou mentorias”.
Num mundo em constante evolução, o empreendedorismo com propósito aponta na direção de um futuro mais inclusivo e igualitário e prova que é possível combinar sucesso econômico com responsabilidade social, gerando benefícios a todos. Ao adotar essa abordagem, há a formação de negócios bem-sucedidos e também de um mundo melhor.
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