O conceito de trabalho como conhecemos já faz parte da vida humana há séculos. Entretanto, algumas mudanças estruturais ocorreram nas últimas décadas – especialmente a partir da entrada dos Millennials no mercado – e trouxeram novos desafios para as empresas. Mais do que nunca, além de se dedicar ao Customer Experience (CX) e aos resultados a serem apresentados para o acionista, as organizações têm de pensar também no Employee Experience (EX), ou seja, na experiência do colaborador.
Mas quais são os elementos e recursos que afetam, de fato, a vivência de um colaborador em um ambiente de trabalho, presencial ou remoto? Para muitos, basta ter acesso às melhores ferramentas e um ambiente confortável. Outros, porém, consideram que isso é o mínimo que a empresa deve disponibilizar.
Na AeC, como conta Daniel Perdigão, executivo de Employee Experience da companhia, a busca por oferecer a melhor experiência para os colaboradores se dá a partir de valores, princípios e responsabilidades da empresa. Na prática, isso significa focar sempre nas necessidades cognitiva, emocional, social, comportamental e sensorial do colaborador. “Isso traz melhor experiência, mais felicidade e engajamento, e gera resultado”, revela. “Quando nossos colaboradores estão bem, isso reflete diretamente no atendimento ao cliente”.
Os dados corroboram o ponto de vista do executivo: 85% dos entrevistados em um estudo do International Data Corporation (IDC) relataram que uma melhor experiência e um maior envolvimento do funcionário se traduzem em melhor experiência do cliente, maior satisfação e maiores receitas.
Employee Experience: as iniciativas da AeC
A empresa desenvolveu diferentes iniciativas voltadas para Employee Experience. Um bom exemplo é a ação “AeC Sonha com você”, que funciona da seguinte forma: cada colaborador escreve uma carta sobre seus sonhos e, em seguida, a encaminha para uma equipe que analisa, avalia e escolhe sonhos a serem realizados. “Já fizemos casamentos, viagens e viabilizamos muitos outros momentos inesquecíveis”, lembra o executivo.
Outro exemplo é a “Caravana do Bem”, que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade – não apenas financeiramente, mas também com inclusão social e digital. O programa “Diversifica AeC”, por sua vez, aborda e acolhe a diversidade entre os colaboradores. “São ações que atestam nossa vontade de levar experiências satisfatórias para quem trabalha na empresa”, justifica Perdigão.
A tecnologia também é utilizada em prol do Employee Experience. Por meio da plataforma Robbyson, a AeC mede o desempenho de cada colaborador, além de ter uma visão do todo em termos de produtividade e bem-estar. “O engajamento gera resultados e melhora a experiência”, afirma o executivo.
Gamificação em prol da competição saudável
A aplicação da lógica dos jogos na realidade profissional e no relacionamento com clientes já ultrapassou o status de tendência e é uma realidade. Na AeC, a partir da plataforma Robbyson, essa estratégia é utilizada para aprimorar o Employee Experience e traz um grande diferencial: por lá, as pessoas “concorrem” com elas mesmas, não com outros colaboradores. Ou seja, os desafios são individuais e o objetivo é que o indivíduo seja cada dia melhor.
A gamificação, na AeC e na plataforma Robbyson, tem como base quatro pilares:
1. Autogestão
Com transparência, esse pilar visa possibilitar que cada colaborador alcance seus objetivos sem depender de seus gestores.
2. Comunicação com base no diálogo
Para a AeC, é fundamental ouvir os colaboradores. Por isso, utiliza um recurso da plataforma Robbyson que mapeia as necessidades de cada um a partir de um quiz.
3. Colaboração com base na cooperação
“Pessoas gostam e precisam ter a oportunidade de ajudar umas às outras – e a gamificação faz isso de forma espetacular”, defende Daniel Perdigão. Para isso, a AeC utiliza o recurso “Amigo Anjo”, também presente na plataforma Robbyson, em que as pessoas podem ajudar umas às outras e são recompensadas por isso.
4. Meritocracia
“O ser humano precisa da meritocracia como sentimento de justiça”, defende o executivo da AeC.
Home office: qual o impacto?
Na AeC, como revela Daniel Perdigão, o home office foi visto com bons olhos. “Perguntamos qual a nota que os colaboradores dariam para o modelo de home office, de 0 a 5. O resultado: 81% com nota de 4 a 5, com uma base de 30 mil respostas”, detalha. Além disso, 75% demonstraram interesse no trabalho remoto.
“O maior impacto é a cultura organizacional. Muitos colaboradores demonstram receio em estar longe de sua gestão para as necessidades mais urgentes”, diz. “Por isso, a nossa base é a comunicação, com o intuito de ouvir as pessoas, entender de fato o que elas precisam e obter excelentes resultados organizacionais e pessoais”.