Após sofrer multas rigorosas de autoridades do mundo todo por violar dados pessoas de seus usuários, o Facebook – rede social mais popular do mundo – está no divã. A empresa teve a maior queda diária da história da bolsa americana e viu seu valor de mercado ser reduzido em US$ 120 bilhões. O índice pode ser um aviso às empresas de economia digital, que começam a ter suas ações cada vez mais contestadas por seus usuários.
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Na última quinta-feira, 26, os papéis da rede social caíram 20% e fizeram a empresa protagonizar a maior queda diária em valor de mercado da história da bolsa dos Estados Unidos. Vale destacar que essa é a primeira vez que uma empresa perde US$ 120 bilhões em valor de mercado.
Os números da queda
De acordo com a Forbes, que monitora a riqueza dos bilionários em tempo real, a perda para Mark Zuckerberg foram de quase US$ 16 bilhões. A perda foz o CEO do Facebook descer duas posições entre as pessoas mais ricas do mundo, de quarto para sexto. Outros investidores também viram suas contas perderem fluxo de dinheiro, como Eduardo Saverin, brasileiro que é co-fundador da plataforma. Para ele, a perda foi de US$ 2 bilhões no ranking da Bloomberg.
Novos usuários em desaceleração
Outro reflexo da crise de credibilidade da rede social se refletiu na entrada de novos usuários no principal aplicativo. O crescimento desacelerou para 11% no segundo trimentre do ano. No primeiro, o aumento foi de 13%. Em entrevista, o vice-presidente financeiro da rede social, David Wehner, afirmou que o crescimento de receitas totais será desacelerado na segunda metade do ano.
Facebook e as eleições no Brasil
Com pouco mais de um mês para o início das propagandas eleitorais no Brasil, a rede social causou discussões sobre liberdade de expressão ao excluir páginas relacionadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). Como medida para evitar a disseminação de notícias falsas, o Facebook divulgou uma lista de iniciativas assinada por Katie Harbath, diretora global de engajamento com políticos e governos da plataforma.
No início do mês de julho, o Brasil também acompanhou mais rigidez em relação à proteção de dados dos internautas. A lei de proteção de dados – projeto que depende de sanção do presidente Michel Temer -, exige, por exemplo, que as empresas informem de forma clara qual é a finalidade de informar o CPF antes de realizar a compra.
10 mudanças na sua vida com a lei de proteção de dados
Agora, para coletar e tratar um dado, a empresa precisa do consentimento do titular. A autorização deve ser informada em cláusula específica, de fácil entendimento e, se tiver alguma alteração de uso, deverá ter novamente a permissão do titular. Em caso da empresa usar as informações para uma finalidade diferente da que fora informada anteriormente, a autoridade poderá aplicar sanções onde as multas podem ser até 2% do faturamento da empresa em questão.