O Nubank causou grande alvoroço no mercado no segundo semestre do ano passado ao anunciar a funcionalidade do saque em caixas eletrônicos. De acordo com a plataforma de comparação de produtos financeiros triunfei, a nova possibilidade impulsionou o interesse dos consumidores e fez a procura por instituições financeiras online crescerem 120% em relação a 2017. Mais de 35 mil buscas foram registradas no ano de 2018.
Caminho natural para essas empresas, a possibilidade de saque traz poucos benefícios em relação às desonerações costumeiras, como isenção de anuidade do cartão de crédito. Embora os usuários de bancos digitais possam contar com a praticidade do dinheiro físico de agora em diante, no caso do Nubank, especificamente, eles também terão de arcar com o repasse de impostos sobre a transação, pelo custo de R$ 6,50. O valor não é muito diferente para os clientes do Neon, que, da segunda retirada em diante, gastam R$ 6,90 ao realizar a operação.
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Para Pedro Vizeu Pinheiro, economista e fundador da Triunfei.com, o Next apresenta melhores condições nesse aspecto. “Como é um braço do Banco Bradesco, a instituição conta com todas as vantagens que a infraestrutura do negócio oferece e pode isentar seus consumidores de taxas para a realização de saques”, comenta.
Ainda com o benefício de poderem contar com dinheiro físico, a liquidez para clientes de bancos tradicionais é muito maior. “É possível ir até uma agência sem qualquer aviso e retirar até R$ 5 mil por CPF em um dia ou até mais, caso haja um contato prévio. Já as instituições digitais não disponibilizam essa possibilidade e podem prejudicar o cliente em situações de emergência”, destaca Pinheiro.
Os consumidores que utilizam os bancos digitais, na maioria das vezes, acabam ficando limitados à retirada de pequenas quantidades. “É preciso ficar atento tanto ao limite de saque estipulado pela instituição quanto às restrições da própria máquina. Os caixas eletrônicos 24 Horas, por exemplo, restringem os valores de acordo com dia, horário, local e cédulas disponíveis, o que pode atrasar a vida dos consumidores”, complementa o economista.