Após firmar acordo junto à Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos (SEC na sigla americana), Elon Musk foi pressionado a abandonar a presidência do conselho da Tesla pelo período de três anos. A decisão ocorreu após acusação movida pela agência reguladora na última quinta-feira, 27, que acusou o CEO de fraude em declarações que poderiam prejudicar investidores da empresa.
A raiz da questão teve início no dia 7 de agosto, quando Musk publicou um tweet dizendo que pensava em retirar a Tesla da Bolsa de Valores. “Estou considerando tornar a Tesla privada a $420. Financiamento garantido”, escreveu à época. Dias depois, o executivo emitiu um comunicado oficial que esclarecia o mal entendido do que escrevera anteriormente.
Em relato à SEC, Musk disse que o preço sugerido no comunicado (US$ 420 dólares por ação) teve a intenção de uma piada relacionada ao uso de maconha, que teria sido publicada para interagir com a namorada do executivo, a cantora Grimes. O entrevero rendeu a acusação de fraude por parte da agência, de modo que os investidores da empresa teriam sido conduzidos ao erro.
No último final de semana, a agência e o executivo chegaram a um acordo para colocar um ponto final no processo, de modo que Musk deixará a presidência do conselho administrativo em até 45 dias e não poderá concorrer ao cargo pelo período de três anos. Além do afastamento, o executivo terá de pagar uma multa de US$ 20 milhões ao órgão regulador. A reguladora também deverá desembolsar a quantia de US$ 20 milhões em multa, de maneira que o valor será repassado aos investidores que foram prejudicados no episódio.
O dia seguinte
A partir de agora, a Tesla deverá sugerir dois membros novos que possam integrar o conselho e, também, um novo presidente. Vale destacar que nenhum dos nomes poderá ser associado ao executivo que deixou o cargo. Embora tenha deixado o cargo mais alto da empresa, Musk segue como CEO da companhia, entretanto, todos as suas publicações no Twitter deverão ser acompanhadas por advogados.