Durante boa parte da campanha, o presidente americano Donald Trump acusou o resto do mundo de se aproveitar dos Estados Unidos comercialmente, e disse que faria algo caso fosse eleito.
Passados dois anos de sua vitória, Trump semanalmente escolhe um alvo, China, Europa, Turquia, Canadá, México, entre outros que sofreram a ira do Twitter de Trump.
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Assim, o presidente tirou os Estados Unidos de acordos comerciais, elevou tarifas em aço, alumínio ante boa parte do mundo, além de estar elevando tarifas contra diversos produtos chineses, o que provocou uma retaliação do país.
O cenário de guerra comercial gerou um ambiente de incertezas que contaminou diversas regiões do mundo. Vimos menores encomendas de matérias-primas para indústrias, planos menos agressivos de investimentos entre empresários, o que acaba batendo na atividade de diversas regiões. Isso sem falar em diversos setores americanos que já admitiram que não conseguirão permanecer em funcionamento com as tarifas de importação em prática, o que não os permite serem competitivos. As estimativas gerais são entre 0,5% e 1,5% a menos de comércio mundial em 2018 por conta da Guerra Comercial.
Para o Brasil, pelo fato de sermos uma economia fechada, isso nos traz menos impacto, mas ainda assim vemos o mercado financeiro sofrendo com a menor disposição do investidor estrangeiro em tomar risco, o que pressiona negativamente a bolsa e o dólar. Nos próximos meses, diversos empresários farão seu planejamento para 2019. Além da incerteza eleitoral, terão, pela frente, de calcular um possível impacto das tensões comerciais.
Ao longo da história, a teoria econômica oscilou entre correntes que ora rejeitavam, ora apoiavam o comércio internacional. No entanto, recentemente, diversos estudos apontam que os países se beneficiam do comércio. O que vale ressaltar é que nem todos os setores da economia ganham com o comércio, assim, cabe ao governo elaborar políticas públicas para as categorias que perdem.
O Twitter de Trump ainda deve ser muito acionado nos próximos meses, mas a história nos diz que, no fim, teremos um mundo com menos “muros” comerciais.