?O avanço das plataformas de tecnologia que nos permite compartilhar negócios, casa de praia, vaga de garagem, carro, permite, também, que pequenas empresas tenham acesso a recursos tecnológicos para atingir o consumidor?, afirmou Marcelo Coutinho, professor EAESP/FGV.
O objetivo do painel sobre economia colaborativa é discutir sobre a criação de empresas inovadoras e com geração de receita. Além disso, mostrar que não é apenas do Uber e do Airbnb que é feito o universo de compartilhamento. ?O Uber não é todo mercado sharing economy. Importante é que isso não aconteceu por acaso, existem fatores. Uma capilaridade de aparelhos móveis muito grande, a crise econômica e a mudança de paradigma social onde as pessoas utilizam mais as redes sociais?, comentou Luiz Candreva, Fundador e CEO do aZ Park.
?Quem estaciona o carro sabe que existe escassez de vagas, por isso é bem caro estacionar. Quando uma pessoas física oferece o serviço, as coisas fluem mais rapidamente. O Airbnb é um exemplo?. Por meio do aplicativo eZ Park você consegue estacionar onde houver uma vaga disponível. Existem parcerias com estacionamentos para que as vagas dos estabelecimentos sejam oferecidas, também, pelo app.
Já o iFood é um canal de tecnologia por meio da qual você consegue atender mais por a um preço melhor. ?Com o retorno do iFood, hoje os donos de restaurante podem investir mais em outras mídias?, contou Felipe Fioravante, Fundador e CEO do iFood.com.
Mas uma dúvida lançado pelo professor Marcelo pode ser de grande parte das pessoas que ainda não fazem uso da sharing economy. ?Dividir as coisas pressupõe confiança, que tem a ver com experiência da sociedade. Nós sabemos que no país o índice de confiança é baixo, além disso, existe a questão jurídica. Como vocês agem com relação a isso??.
?Com o volume que temos de procura, conseguimos ter uma boa base de retorno para os restaures. São milhões de pessoas avaliando milhões de restaurantes. A questão do sharing é que o custo baixa muito e a qualidade aumenta?, comenta Felipe.
?Confiança é quase como uma moeda, com uma reputação melhor, as pessoas escolherão seu produto. Depois que você usa o Uber, por exemplo, fica difícil voltar para o taxi. Na verdade, o app não mata o taxi, o taxi fez com que o Uber surgisse. O problema das grandes indústrias é que elas fazem com que surjam sharing economys promissoras?, afirmou Luiz.
O CEO do eZ Park contou que foi procurado pelas montadoras GM e Citroen. ?As montadoras percebem a necessidade de se movimentar para conseguir antecipar a evolução?.
Mas, e com relação ao mercado; se todos pensarem em uma estratégia inovadora, como fica o mercado? ?O monopólio é importante para criar escala, mas é possível trabalhar na horizontal?, finaliza Felipe.