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E-learning 2.0: como o CX pode ajudar a moldar a educação do futuro

E-learning 2.0: como o CX pode ajudar a moldar a educação do futuro

Aprendizagem ativa chega à EAD prometendo ambientes virtuais com maior interação e aluno produtor de conteúdo

Dificilmente alguém, em especial das gerações mais novas em idade escolar ou universitária, “sobreviveu” aos últimos anos sem ter ao menos uma experiência educacional online. Desde formações rápidas e aulas gratuitas aos tradicionais cursos de graduação, a pandemia fez com que as possibilidades de educação a distância (EAD) se expandissem. Sim, o e-learning, que já vinha como tendência, chegou para ficar.

Mas, assim como as salas de aula – sejam ainda com lousa e giz, sejam com equipamentos mais modernos – precisam se reinventar constantemente para se adaptar às demandas dos alunos e dos tempos atuais, não é diferente com os ambientes virtuais de aprendizado. O e-learning caminha agora para o e-learning 2.0, que traz maior autonomia e interação e mais produção de conteúdo, colocando o CX no centro de sua lógica.

E-learning 2.0 x e-learning tradicional

O coordenador dos cursos de Licenciatura em Pedagogia e Letras da graduação Senac EAD, Caio Augusto Alves, explica que as diferenças entre o e-learning tradicional e o e-learning 2.0 acompanham as mudanças da web tradicional, ou dita 1.0, para a web 2.0.

Nesse sentido, são muitas inovações que podem ser elencadas, que vão desde o uso de aplicações que refletem ambientes de trabalho até os imensos bancos de dados que são automaticamente alimentados e atualizados.

No entanto, para ele há um ponto a se destacar: enquanto o e-learning estava se burocratizando e se aproximando, cada vez mais, dos modelos regulares de ensino, o e-learning 2.0 oferece a possibilidade de as pessoas conectadas passarem de meros consumidores a produtores de conteúdo.

“Usar a internet como ferramenta para que qualquer pessoa possa produzir conteúdo e publicar sua percepção de vida para o mundo foi uma potencialidade observada por educadores, que rapidamente a utilizaram para promover a aprendizagem”, afirma o coordenador.

Assim, o CX torna-se muito mais participativo e significativo, uma vez que os usuários expandiram sua posição inicial de consumidor para produtor. “Esta nova posição possibilita que os processos de aprendizagem a distância, principalmente os mediados pelas tecnologias digitais, transitem da aprendizagem passiva para a aprendizagem ativa, onde o aluno pode desenvolver sua autonomia”, diz.

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O impacto do CX no e-learning 2.0

Engana-se quem pensa que aprendizagem ativa e autonomia do aluno são conceitos novos. Estes princípios metodológicos foram organizados no início do século XIX. Desde lá, inúmeros estudos concluíram que um aluno fazendo experimentações, testando hipóteses, utilizando métodos científicos e, enfim, colocando a mão na massa, aprendia muito mais do que em aulas simplesmente expositivas.

Com pesquisas corroborando esses resultados por mais de séculos, o ensino online não poderia ficar de fora deste processo. “Isso seria sua derrocada e jamais o faria como opção frente às outras modalidades de ensino”, pondera Caio Augusto Alves.

Além disso, os alunos que estão chegando às instituições educacionais acabaram experimentando, nem que seja minimamente, alguma forma de ensino online ou remoto durante a pandemia. Isso fez com que eles construíssem parâmetros para avaliar sua experiência como consumidor e exigissem meios e ferramentas para a melhor condução da aprendizagem.

“Isso não existia em totalidade tempos atrás. Os alunos hoje querem novas formas de interação e perceberam a possibilidade de aprender por outras mídias. Quem teve experiências satisfatórias de ensino online exige pelo menos um hibridismo”, fala o coordenador do Senac EAD.

Os impactos desta nova mentalidade em relação ao CX no e-learning 2.0 são inúmeros. A mudança na mentalidade, por exemplo, pode fazer com que professores e instituições se arrisquem a novas interações que, de alguma maneira, contemplem parte da demanda dos alunos desta nova geração.

Já nas dinâmicas da sala de aula, Caio Augusto Alves conta que está cada vez mais difícil não envolver a produção de vídeo ou áudio em meios às atividades avaliativas. Outro exemplo é a utilização das redes sociais, que permitem que os alunos não só partilhem as atividades educacionais com familiares e amigos, mas que também se sintam motivados em reação à aprendizagem.

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Inovação e desafios na educação online

Como o próprio nome sugere, o e-learning 2.0 dá um upgrade nos processos de educação a distância que já existiam e transforma a modalidade, para que ela de fato produza uma aprendizagem significativa tal como é possível no ensino presencial.

Na medida em que o aluno pode experimentar a produção de conhecimento, é possível elevar o tipo de interação proposto a um outro patamar e promover a relação efetiva entre prática e teoria, algo importante a qualquer processo de aprendizagem e que era muito difícil de fazer antes da web 2.0.

Para o coordenador do Senac EAD, Caio Augusto Alves, o novo cenário incide desde na melhora na produção da aprendizagem até na consolidação de centros de excelência em pesquisa e produção do conhecimento a distância. Ele acredita que as metodologias ativas adentrem cada vez mais as plataformas, trazendo inovações e um CX baseado em projetos, problemas, desafios e grupos.

“Muito ainda precisa ser feito, falta que gestores entendam a tendência e percebam o ganho educacional que esse processo pode dar às instituições, aos alunos e à sociedade. De qualquer forma, o caminho está facilitado, pois todo o instrumental necessário está à disposição”, afirma o profissional, que lembra já ser possível fazer uso de laboratórios virtuais, simulações com realidade aumentada e pesquisa e extensão universitária online com bom acúmulo de experiências significativas.

Outro desafio a ser considerado é a dificuldade de acesso, principalmente quando se pensa na realidade brasileira. E a dificuldade diz respeito tanto ao acesso a dispositivos conectados quanto ao letramento digital.

O coordenador afirma que, sem esse mínimo, os alunos nunca poderão experimentar o e-learning 2.0 em sua totalidade. Afinal, a metodologia vai ficando cada vez mais interessante quando se percebe que todos podem ser autores, ou seja, produtores de conteúdo educacional.

“Quanto mais autores tivermos, melhor. O que seria do Youtube se nele houvesse apenas cinco autores? O interessante é que todo mundo possa produzir, criticar, compreender e se posicionar, com muito letramento, é claro, para não cairmos em armadilhas como as fake news. Mas para que isso ocorra, é necessário democratizar o acesso e investir em infraestrutura”, finaliza.


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