Um sensor ultrassensível criado pela cientista Priscila Monteiro Kosaka, doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri, é capaz de constatar o câncer sem biópsia ou procedimento invasivo. Ele descobre a doença a partir de um exame de sangue, usando uma técnica chamada de biorreconhecimento.
A cientista explica que ele funciona como um ‘pequeno trampolim’ com anticorpos na superfície. Ao entrar em contato com uma amostra de sangue de alguém com um tumor maligno, os anticorpos tornam-se mais pesados e as partículas mudam de cor. “A superfície brilha muito, como se fosse uma árvore de natal”, conta. A taxa de erro do aparelho é de 2 a cada 10 mil casos.
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O dispositivo está em fase de testes e a doutora explica que, novos estudos podem fazer com que o nanosensor também seja usado para identificar a que tipo específico pertenceria uma amostra cancerígena ? gastrointestinal ou de pâncreas, por exemplo.
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De acordo com a pesquisadora, a descoberta também pode ser usada no diagnóstico de hepatite e ela pretende estender a técnica a mais doenças, como o Alzheimer. ?Em lugar de fazer uma punção na medula espinhal para extrair líquido cefalorraquidiano para o diagnóstico de distúrbios neurológicos, temos sensibilidade suficiente para detectar uma proteína em uma concentração muito baixa no sangue. Assim, o paciente não precisa passar por um exame tão invasivo, pode fazer um simples exame de sangue?, explica Priscila ao G1.
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Kosaka ressalta que a descoberta está sendo testada há quatro anos, mas ainda falta o teste com amostras de doentes e com biomarcadores de última geração. E antes de chegar ao mercado, é preciso baixar o seu custo. A previsão é de que isso aconteça dentro de dez anos.
Com informações dos portais G1 e UOL.