Uma recente inovação em forma de coworking – identificada como Habitat e desenvolvida pelo Bradesco – já chegou chacoalhando o mercado. Prova disso é que, no dia em que foi divulgado para a imprensa, o espaço já contava a presença de dezenas de startups e 50 empresas de grande porte, internacionais.
Naturalmente, o espaço foi motivo de alegria e entusiasmo dentro do banco, como afirma Luca Cavalcanti, diretor-executivo. De acordo com ele, o Habitat traz a essência do Bradesco e conta com características do mundo atual. Assim, deve funcionar como um meio pelo qual a empresa poderá transmitir o que já fez e o que está desenvolvendo em inovação.
“O que nos deixa mais entusiasmados é que todas as histórias que surgiram aqui estão se materializando em apenas duas semanas de existência”, conta o executivo. “As pessoas, de forma espontânea, perceberam o que é a colaboração para a inovação e os propósitos para isso”. Curiosamente, ele confirma que esses propósitos são comuns e têm o mesmo sentido em busca de valor para cada perfil, segmento e tamanho de empresa. A ideia do Bradesco é contar com 150 startups até junho. No total, há 1500 posições disponíveis no prédio.
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Como explica Cavalcanti, não há a necessidade de levar toda a empresa para dentro do Habitat – os executivos da Alelo, por exemplo, fazem um revezamento durante a semana. Apesar disso, há startups pedindo para triplicar o espaço utilizado.
“Isso acontece porque elas pagam metade do que o mercado cobra e contam com um espaço que segue um padrão internacional, com uma colaboração que envolve uma boa infraestrutura, um espaço moderno e conveniente em termos de acessibilidade e tecnologia”, diz.“Estamos apenas começando e mesmo assim já trazemos a visão clara de que o projeto é bom para todos: startups que estão começando; startups que estão tracionando e geram valor; empresas que precisam estar próximas de startups”
O investimento do Bradesco em educação
Outra vantagem presente no Habitat são os serviços de curadoria, educação, treinamento. Cavalcanti conta, por exemplo, que o Bradesco já levou até mesmo palestras internacionais para dentro do local. “Não há nenhum lugar hoje no Brasil que concentre mais de 100 startups em um só lugar – e vamos chegar a 200, com curadoria e apoio para o desenvolvimento delas”, aponta.
No Habitat, as startups têm acesso a mentores, universidades e consultores que são parte do projeto, financiados pelo banco. A ideia é que eles desenvolvam competências e melhorem a capacitação de startups para que elas possam enfrentar com mais facilidade os desafios do ecossistema. Na prática, acontecerão treinamentos e compartilhamento de metodologias de trabalho. “Isso é importante porque, apesar de serem destemidas, disruptivas e corajosas, as startups são jovens e as metodologias podem ser conteúdos importantes para ajudá-las a acertarem mais, errarem menos e serem ainda melhores”. afirma. “Nossa ajuda se restringe ao venture capital: queremos realmente ajudar essas startups”.
Questionado sobre a forma como o próprio banco será impactado pelo lançamento do Habitat, Cavalcanti comenta sobre o aspecto a forma como empresa se vê. “Há uma percepção de valor e do volume de investimentos na preparação de funcionários e de novas competências para o mundo da era digital – seja em um processo de interlocução com o ecossistema e com o mercado, seja na forma como o Bradesco pode gerar valor para todos da cadeia”, conclui.