Grande parte das empresas no Brasil não têm dimensão dos graves problemas que a prática de deepfakes por cibercriminosos pode acarretar nos negócios. De acordo com levantamento da Kaspersky, mais de 65% dos brasileiros não sabe o que é deepfake e a maioria dos entrevistados no país (71%) não reconhece quando um vídeo foi editado digitalmente usando a técnica.
Recentemente, as deepfakes ganharam força ao redor do mundo por fraudar situações vistas como seguras anteriormente. Um recente comentário do FBI alerta para a utilização dessa tecnologia a fim de obter vantagens nas entrevistas para vagas em trabalhos remotos, com vídeos e imagens alteradas de forma convincente.
A técnica permite recriar a aparência ou a voz humana com o auxílio de inteligência artificial (IA), possibilitando aos cibercriminosos se passarem por outras pessoas.
Contratar alguém por deepfake, por exemplo, pode ocasionar sérios problemas, visto que um funcionário falso tem acesso a informações corporativas confidenciais e dados de clientes, podendo representar uma ameaça à segurança de dados de uma empresa. Com a tecnologia ainda pouco conhecida em solo nacional, dificulta-se a identificação das fraudes.
65% dos brasileiros não sabe o que é deepfake; a maioria dos entrevistados no país (71%) não reconhece quando um vídeo foi editado digitalmente usando a técnica
Deepfakes, phishing e ataques a executivos
Uma outra prática recorrente é quando os cibercriminosos burlam testes biométricos que verificam identidades dos usuários para realizar lavagem de dinheiro ou realizar a abertura de contas bancárias em nomes de terceiros.
Existem até casos de phishing a partir da deepfake, ao emular executivos de uma empresa para se ter acesso à dados confidenciais, dinheiro ou à infraestrutura da organização.
“Felizmente, as empresas de segurança virtual estão sempre criando cada vez mais e melhores algoritmos de detecção, uma vez que entender o perigo é metade da batalha. Enquanto algumas deepfakes podem ser de difícil identificação por conta de sua boa qualidade, algumas falsificações usadas para golpes ou interação síncrona podem, sim, ser evitadas”, diz Fabio Assolini, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.
Veja como minimizar ataques de deepfakes por vídeos
A Kaspersky recomenda algumas medidas para minimizar a probabilidade desses ataques terem sucesso. Ao suspeitar de um vídeo de deepfake, procure pelas seguintes características:
- Movimentos bruscos;
- Iluminação instável, mudando de um quadro para o outro;
- Modo de piscar os olhos estranho ou nenhum piscar;
- Lábios mal sincronizados com a fala.
Procedimentos básicos de segurança
- Garantir que funcionários e familiares saibam como funciona a tecnologia de deepfake e os desafios que isso representa;
- Adquirir conhecimentos sobre mídias e utilizar fontes de notícias de boa qualidade;
- Utilizar uma solução confiável de segurança cibernética que garantirá suporte ao baixar arquivos maliciosos ou ao visitar quaisquer links suspeitos ou sites de phishing.
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