A pandemia levou as pessoas a entrarem no mundo digital. Nesse contexto, cada vez mais produtos são desenvolvidos sob medidas para clientes que estão cada vez mais, mais confortáveis no ambiente digital. O objetivo da Mercado Bitcoin é levar mais pessoas para essa jornada e entender sobre como tirar vantagens de uma economia cripto.
A Consumidor Moderno conversou com o CEO Reinaldo Rabelo, um dos palestrantes do Conarec 2022, para entender um pouco mais sobre como a digitalização da economia está transformando a relação dos consumidores com produtos e serviços e como novos negócios podem surgir nesse ambiente.
A formação do cliente digital
Os principais desafios para conquistar esse cliente num mercado tão novo como o cripto é fazer com que o conhecimento dos usuários esteja alinhado à velocidade do desenvolvimento das novas tecnologias e mercados. Essa é a opinião de Rabelo, que acredita que é necessário entregar informação e educação sobre as possibilidades do ambiente digital.
Isso porque o mundo digital vai mundo além de transações online. Tecnologias como blockchain e as próprias criptomoedas estão transformando os meios de pagamento, mas também fazem parte da oferta de experiências que estão surgindo para empresas e consumidores em um ambiente totalmente digital.
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A Mercado Bitcoin surgiu em 2013 com o objetivo de revolucionar os meios de pagamento. E junto veio a missão de falar sobre tecnologia, a novidade que são as criptomoedas, as possibilidades que os criptoativos trazem. Então é uma dinâmica que faz parte já da nossa, da nossa origem
“Levar informação é algo que gente sabe que é parte da função de todo empreendedor, toda empresa empreendedora e inovadora, que tenta desbravar um mercado novo”, pontua Rabelo.
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Potenciais do mercado cripto
Apesar de estar ganhando cada vez mais manchetes, o mercado cripto ainda é muito incipiente, na opinião do CEO da Mercado Bitcoin. “Mas é um investimento que parece na direção correta, porque a gente está vendo cada vez mais aplicações muito interessantes utilizando-se dessas redes. De fato, os cripto ativos melhoram muito a experiência digital”.
Para Rabelo, quem sair na frente ao investir em criptomoedas vai ganhar muito no ambiente digital. No início de 2022, os ativos combinados da indústria de criptomoedas estavam estimados em US$ 3 trilhões. Mesmo com a volatilidade dos últimos meses, elas são consideradas por ele ativos de longo prazo.
“Indicamos cripto pensando em uma diversificação do portfólio, dos investimentos, mas recomendando cautela e expectativa de longo prazo”.
Mas como ainda não há uma grande massa de pessoas investindo e utilizando cripto, a tendência é que esse mercado se amplie e se consolide.
“Só no longo prazo vamos sentir os efeitos de uma substituição de tecnologia, assim como de todas as redes que têm surgido para substituir a internet, algo que só vejo acontecer em cinco a dez anos”, avalia Rabelo.
Criptomoedas podem mudar experiência do cliente
Para o consumidor, a experiência de uso das moedas digitais vai ser transformadora, indica o CEO da Mercado Bitcoin. Com as criptomoedas, transações básicas de compra e venda não precisarão passar por tantos intermediários para validar uma operação, como no caso da compra de um imóvel, um carro ou em transações no mercado financeiro.
“A gente quer mudar totalmente a regra de negócio, colocando o investidor mais próximo do dono do ativo que está sendo tokenizado. Isso, naturalmente, reduz camadas de spread, camadas de custo e torna a operação mais barata e mais clara”, explica Rabelo.
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Isso está colocado numa rede como o blockchain, que registra as operações em vez da utilização de empresas, em cartórios, em estruturas físicas, mesmo que digitalizadas. Isso vai tornar as operações mais simples para o consumidor, e facilitar que ele se torne um investidor. “É uma tecnologia que vai, sim, melhorar muito a internet”.
As relações de consumo no metaverso
Se o diferencial das relações mais digitais está em colocar o usuário como protagonista das suas próprias decisões, o objetivo das empresas deveria ser de facilitador, acredita Rabelo.
“Nós somos mais uma infraestrutura que permite que o consumidor encontre o metaverso de uma forma mais simples. A gente pega pela mão esse consumidor e leva ele até o ambiente digital que ele quer alcançar”, exemplifica.
As inovações surgem para retirar fricção e facilitar acesso e uso. “As tecnologias servem para empoderar o consumidor, para que ele possa fazer escolhas diretas”, diz o CEO do Mercado Bitcoin, que faz uma analogia das relações de consumo no metaverso com o mercado da música, desde o LP ao CD, depois muito rapidamente para o MP3 e depois para o consumo de música pelo streaming.
A forma como se consome música mudou, não é preciso uma mídia física. As relações de consumo no metaverso vão pelo mesmo caminho. O dinheiro não precisa ser físico, é cripto; nem a experiência, que se torna mais imersiva; nem o recibo, que vira um NFT.
E até dentro do mundo do streaming de música Rabelo acredita que o mundo cripto possa trazer mudanças, principalmente quando se trata da propriedade e dos intermediários.
“Uma das propostas do mundo cripto é resolver essa questão de conexão do produtor do artista com o consumidor. Acredito que a gente vai conseguir empoderar o cliente para que ele tenha acesso no mundo digital a coisas sem necessariamente ter que contratar empresas”, descreve.
A tese de Rabelo é a da eliminação do intermediário inútil, em que o consumidor terá mais autonomia para decidir se quer ele mesmo mergulhar nas decisões, ou eleger intermediários que tragam algum valor enquanto consumidor. Por exemplo, corretores, arquitetos, programadores.
“No metaverso o intermediário que o consumidor decide ter é uma experiência de optar por um especialista naquele ecossistema em que a relação é totalmente personalizada para o que o cliente quer. O mundo digital permite essa segmentação e essa construção de caminhos distintos”.
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