O próximo censo demográfico dos EUA deve ocorrer apenas em 2020, mas desde já o assunto virou alvo de grande polêmica na terra do Tim Sam, contando inclusive com a intervenção da Suprema Corte americana. Até o Facebook afirma que vai adotar um “esquema especial” para acompanhar a pesquisa nacional.
LEIA MAIS:
Confira a edição online da Revista Consumidor Moderno!
A polêmica aconteceu no último dia 28, quando o governo americano anunciou algumas novidades no próximo censo. Uma delas (e o motivo da discussão) é que a próxima pesquisa vai pedir que cada família americana registre quais membros são verdadeiramente cidadãos dos EUA.
A justificativa, segundo o governo Trump, é apenas aprofundar o conhecimento sobre as pessoas que vivem nos EUA. No entanto, os críticos do atual governo são céticos quanto ao uso dessa pergunta. Eles alegam que isso poderia fazer parte de um projeto para promover perseguições contra estrangeiros e que levariam o país de volta à era pré-direitos civis.
Processo
Horas depois do anúncio, o judiciário americano enfrentou uma enxurrada de ações. Um grupo de 14 estados, liderado pela Califórinia, está forçando o governo a recuar sobre a chamada “questão da cidadania”. A Suprema Corte, inclusive, já suspendeu a pergunta por meio de uma liminar ingressada na Justiça.
Até o Facebook entrou no debate. O diretor de operações da empresa, Sheryl Sandberg, afirma que vai intensificar os seus esforços para combater a disseminação de notícias falsas (fake news) sobre o próximo censo. Segundo ele, a rede social vai adotar um esquema semelhante ao usado nas últimas eleições americanas.
“Estamos construindo uma equipe dedicada a esses esforços de censo e introduzindo uma nova política no outono que protege contra informações incorretas relacionadas ao censo. Nós vamos aplicá-lo usando inteligência artificial. Também faremos parcerias com grupos não partidários para ajudar a promover a participação proativa no censo”, disse em entrevista à Fast Company.