Não é preciso ter imaginação fértil para deduzir que as compras online devem continuar em alta quando a pandemia passar. Mas o quanto exatamente das compras pela internet vão se manter? De acordo com um relatório da plataforma de pagamentos Adyen, a maioria dos consumidores vai priorizar compras online no pós-pandemia.
De acordo com o Relatório Varejo 2021 da empresa, 62% dos consumidores continuarão a fazer mais compras online do que antes da pandemia.
E mais: a pesquisa aponta ainda uma tendência nas assinaturas para adquirir produtos em vez das compras em lojas físicas, com mais de 35% dos brasileiros entrando na onda do tipo de serviço. A média global é de 23%.
Como resultado, há uma alta cobrança sobre o desempenho do e-commerce brasileiro, uma vez que cerca de 80% dos consumidores disseram que suas expectativas aumentaram com as provas de que o setor pode se adaptar com velocidade para oferecer novos serviços.
Consumidor phygital
Metade dos brasileiros se disse ansiosa para voltar a comprar em lojas físicas. Mas isso não quer dizer que o nível dos serviços online possa cair. Segundo o relatório, o consumidor não vai aceitar qualquer tipo de regressão nos canais digitais quando as lojas estiverem abertas. Mais de 90% dos brasileiros querem que marcas que adotaram vendas online durante a pandemia mantenham os serviços após as reaberturas. Sim, a omnicanalidade veio para ficar.
“Isso se aplica também para as estratégias de canais, se a empresa passou a vender via app, Instagram ou WhatsApp, ela não pode voltar atrás”, ressalta o relatório.
Mas, ainda que as compras físicas estejam longe do horizonte, já é possível saber quais as expectativas dos brasileiros para quando esta hora chegar. No geral, o consumidor espera uma experiência segura, confortável e esteticamente agradável.
Do ponto de vista da segurança, está claro que a volta às compras físicas virá acompanhada de uma preocupação extra com a higiene. A pesquisa da Adyen, no caso, foca nos terminais de pagamento, apontando que quase 80% dos brasileiros querem opções sem contato algum, usando soluções de pagamento eletrônicos ou tecnologias de aproximação.
Além disso, os consumidores não estarão dispostos a esperar para entrar ou finalizar as compras nas lojas, uma vez que 75% querem ir a estabelecimentos sem filas ou onde a experiência de compra seja mais prática.
Já sobre a experiência nas lojas, 70% dos consumidores gostariam de andar por estabelecimentos bonitos, mais parecidos com galerias de arte e menos a ver com corredores de produtos empilhados.
A pesquisa entrevistou 2 mil consumidores de todas as regiões do País.
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