Existe uma lei na Alemanha que determina os ingredientes ideais para a fabricação das cervejas. A Lei da Pureza da Cerveja (Reinheitsgebot, em alemão) foi instituída pelo duque Guilherme IV na Baviera, em 23 de abril de 1516. Ou seja, neste sábado, completa 500 anos.
A Lei da Pureza determina que as cervejas só podem ser produzidas utilizando água pura, malte da cevada e lúpulo. Na época, o duque alemão tinha vários motivos para essa regra, já que os cervejeiros, na tentativa de ‘inovar’ suas receitas, acrescentavam ingredientes que faziam mal à saúde, como fuligem e cal.
Com a elaboração de mais cervejas especiais, um documento deu liberdade para os fabricantes, o Bierteuergesetz (BStG), ou Lei da Taxação da Cerveja. Assim, a bebida pode ser taxada de acordo com o teor alcoólico.
A Lei da Pureza hoje
Nas cervejas de baixa fermentação foram autorizados o malte de cevada, o lúpulo e a água, como na lei de 1516. Enquanto nas de fermentação elevada, foram permitidos, além desses ingredientes, os maltes de outros cereais com um número limitado de açúcares e corantes.
No Brasil
Uma cervejaria que garante a produção de acordo com a Lei da Pureza é a Fritz Cervejaria Artesanal, que elabora cinco tipos de cervejas e chopp seguindo as receitas alemãs e com matéria-prima importada. A produção é supervisionada pelo mestre cervejeiro alemão Jörg Franz Schwabe. A água utilizada no processo de fabricação vem de uma fonte própria, localizada nas montanhas da cidade de Monte Verde (MG). Dessa forma, a bebida está protegida de contaminações e se torna mais pura.
Fundada em 1993, é uma das mais antigas cervejarias do Brasil. Hoje, além da fábrica de cerveja artesanal, o Fritz é uma rede de restaurantes especializados em gastronomia alemã e cerveja artesanal. Localizada em Monte Verde (MG), produz cinco tipos de chopes (Klar, Natur, Weizen, Köelsch e Dunkel) e quatro cervejas artesanais (Natur, Weizen, Köelsch e Dunkel). As cervejas também são distribuídas em empórios especializados.