O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) para o período de abril a junho de 2015 atingiu 57,7 pontos e registrou um pequeno recuo de 2% na comparação com os três primeiros meses do ano.
Os dados foram divulgados pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper com apoio do Santander. O indicador manteve o ritmo de retração, porém em uma proporção menor em relação ao registrado entre o 4º trimestre de 2014 e o 1º trimestre de 2015.
Gino Olivares, professor e pesquisador do Insper, afirmou que o indicador se aproximou do patamar do 2º trimestre de 2009, período mais agudo da crise global, quando o nível de confiança somou 57,2 pontos. De acordo com o economista, este resultado ilustra o grau de desconforto do pequeno e médio empresário com a situação atual.
O levantamento mostra que o setor da indústria manteve o nível praticamente estável ao atingir 58,9 pontos, contra 58,4 pontos do 1º primeiro trimestre de 2015. Já os pequenos e médios empresários do comércio a retração foi de 2,2%, para 57 pontos.
Segundo Olivares o declínio foi afetado pelo nível de confiança do setor de serviços, que registrou queda de 3,18% (58,4 pontos), no 2º trimestre do ano. Mas o pior desempenho foi o da expectativa em relação à economia brasileira, que totalizou 48,4 pontos, retração de 6,2% ante os 51,6 pontos registrados nos três primeiros meses de 2015. Já em relação as perspectivas para o faturamento, o indicador teve recuo de 1,7% para 63,6 pontos. O quesito empregados se manteve praticamente estável, com 54 pontos.
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