A confiança do empresário do comércio caiu 27,8% em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). E atingiu 80,1 pontos no mês – o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2011.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou queda de 3,4% na variação mensal. O indicador varia de zero a 200 pontos, em que quanto mais próximo de zero, mais pessimista é o empresário.
Segundo a CNC, o pessimismo se intensificou por conta das expectativas negativas em relação ao desempenho das vendas nas festas de fim de ano, que deverá ser 4,8% menor que o do ano passado.
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Considerando os subíndices, aquele que avalia a situação econômica do País foi o que apresentou a maior queda, de 50,2%, chegando a 39 pontos – o mais baixo da série histórica. Para 95,2% dos varejistas entrevistados, a economia piorou em novembro.
Já o componente que mede as expectativas dos empresários está em 120,9 pontos – acima da zona de pessimismo, mas registrou queda de 2,8% na passagem de outubro para novembro ? maior taxa negativa dos últimos três meses. Na comparação anual as expectativas dos varejistas acumulam queda de 17,5%.
O componente que mede as condições de investimentos também caiu, 25,5% na comparação anual. As quedas refletem a baixa intenção dos empresários do comércio de fazer novos investimentos e contratar funcionários.
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A avaliação da intenção de contratação recuou 3,7% no comparativo mensal está em linha com as projeções da CNC, que prevê uma quantidade de vagas temporárias no fim de ano 2,8% menor que os postos criados no mesmo período de 2014.
Para a CNC, “as variações negativas em investimentos refletem a elevação das taxas de juros e do custo na captação de recursos e financiamentos, fazendo com que um número crescente de comerciantes pretenda promover cortes em seus negócios”.
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