A confiança do consumidor em junho chegou ao menor patamar desde 2005, segundo índice divulgado hoje (8) pela Associação Comercial de São Paulo. O indicador atingiu 100 pontos, ou seja, entrou na zona de pessimismo.
Segundo o presidente da associação, Alencar Burti, a queda tem sido “drástica” desde o começo do ano. “Ele nunca esteve tão perto do campo do pessimismo quanto agora. Por isso, é cada vez mais urgente que a economia receba uma pesada injeção de ânimo para reativar os setores que sofrem com os resultados negativos dos indicadores?, disse, em nota.
A pesquisa mostrou que em todas as faixas de renda houve piora da confiança. E quanto mais alta a renda, maior é o pessimismo. O indicador chegou a 81 pontos em junho entre os consumidores das classes A e B, ao passo que a classe C registrou 103 pontos e as classes D e E registraram 109 pontos.
Na análise por região, o Sudeste registrou a menor pontuação histórica, de 90 pontos. O Sul, por sua vez, registrou 100 pontos e as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram 109 pontos de confiança – ou seja, todas as regiões ou já estão na zona de pessimismo ou iniciam a entrada nesse patamar.
Questionados sobre a situação da situação financeira, apenas 29% dos brasileiros disseram que ela está boa, frente a um percentual que era de 34% em maio. Já o número de consumidores que encaram a situação como ruim subiu de 40% para 46%.
As expectativas com relação ao futuro também não estão boas: 39% acreditam que estarão numa situação financeira melhor (em maio, eram 40%). Por outro lado, 25% se veem em um futuro pior (23% em maio).
A propensão para comprar eletrodomésticos caiu de 25% para 22% no mesmo período. Considerando os bens de maior valor, a relação é de 16% mais à vontade e 64% menos à vontade.
Apesar dos números, Burti acredita em recuperação. “Uma vez que o segundo semestre costuma ser melhor para o comércio, é possível que a situação comece a melhorar no fim do ano?.
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