O empresário do comércio está cada vez menos confiante. Segundo a CNC (Confederação Nacional Comércio de Bens, Serviços e Turismo), pelo 11º mês seguido, a confiança desse empresário caiu. Em setembro, a queda foi de 26,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação com agosto, o recuo foi de 4,1%.
Com os recuos, a confiança chegou a 81,5 pontos em setembro, numa escala de 0 a 200, em que o número abaixo de 100 denota pessimismo. Na avaliação da Confederação, o resultado de setembro confirma 2015 como o pior ano do varejo desde 2003.
Oito dos nove componentes do indicador atingiram o menor patamar da série histórica, iniciada em março de 2011. O recuo foi influenciado, principalmente, pelas quedas de 8,3% na comparação mensal e 46,5% na anual no indicador que mede a percepção dos empresários sobre as condições atuais.
O componente com pior grau de insatisfação entre os empresários é a avaliação atual da economia brasileira, que está em 21,5 pontos. A variação anual desse quesito atingiu, em setembro, um recuo de 65,5%. Na opinião de 93,9% dos entrevistados a economia está pior que no mesmo período do ano passado ? maior percentual de insatisfação já registrado em mais de 55 meses de pesquisa.
Apesar da queda de 2,4% em comparação com o mês de agosto, o subíndice que mede as expectativas dos empresários do comércio registrou 121,7 pontos e é o único que se mantém acima da zona negativa (menos de 100 pontos). Ainda assim, para 46,9% dos entrevistados a economia vai piorar nos próximos meses.
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