A confiança do empresário do comércio caiu pela quarta vez seguida, segundo índice divulgado hoje (31) pela Fundação Getulio Vargas. Em agosto, o índice caiu 4,1% e atingiu 86,1 pontos – o menor nível da série mensurada iniciada em março de 2010.
Segundo da fundação, a queda do índice foi influenciada principalmente pela percepção da situação do momento atual, que caiu 12,1%, chegando a 56,5 pontos, o menor nível da série.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 0,4% em agosto. Apesar da alta, ela não é suficiente para inverter a tendência de queda do indicador em médias móveis trimestrais.
?A deterioração da percepção sobre o nível atual de demanda mostra que o Comércio continua enfrentando dificuldades no terceiro trimestre”, afirmou, em nota, Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
“No terreno das expectativas, a diminuição pontual de pessimismo em relação ao horizonte de seis meses é um resultado favorável mas, por enquanto, insuficiente para sinalizar uma inversão de tendência, considerando-se as previsões cada vez mais negativas para a evolução do pessoal ocupado no setor?, completou.
Já a confiança dos empresários do setor de serviços experimentaram um recuo maior em agosto, de 4,7%, chegando a 74,7 pontos – mais uma vez, menor recuo da série.
O movimento negativo alcançou onze de doze atividades e foi determinado tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual recuou 9,6%, após avançar 4,8% em julho; o Índice de Expectativas recuou 1,7%, depois de cair 7,1% no mês anterior.
?Há um quadro de pessimismo entre as empresas de Serviços, expresso na continuidade da queda da curva de confiança. A fragilidade na demanda, tanto das empresas quanto das famílias, vem impactando negativamente a atividade do setor, com reflexos imediatos no mercado de trabalho, uma vez que este é o setor mais empregador da economia. Os indicadores sinalizam uma nova queda no ritmo de atividade de Serviços no terceiro trimestre?, avaliou, em nota, Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
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