O Índice de Confiança de Serviços (ICS), divulgado pela FGV nesta quinta-feira (29), apresentou queda após cinco meses de altas consecutivas. Em outubro, o recuo foi de 0,4 ponto, ficando em 87,5 pontos, apesar do aumento do volume de serviços no mês. O resultado, segundo a fundação, se dá por causa da queda de expectativas.
“A piora das expectativas foi fator determinante para queda da confiança no mês. A grande cautela dos consumidores e a incerteza sobre a evolução da pandemia sugerem que o setor ainda enfrentará dificuldades para retornar ao ritmo de recuperação observado do início do ano”, afirmou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE, em análise.
Momento atual x expectativas
Os países europeus vivem uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus e estão retomando a quarentena. Esse cenário faz os brasileiros se perguntarem se o mesmo pode acontecer por aqui. Não à toa, o Índice de Situação Atual (ISA-S) continua com resultados positivos – aumentou 2,6 pontos, para 79,5 pontos, mantendo tendência crescente iniciada em maio -, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 3,2 pontos, para 95,7 pontos, voltando a estar abaixo do nível pré-pandemia.
Outro ponto importante a ser observado é o Indicador de Desconforto – composto pela média das parcelas padronizadas, demanda insuficiente, taxa de juros, problemas financeiros, pandemia, fatores políticos e econômicos como limitações a melhoria dos negócios -, que seguiu em queda.
“Nos últimos meses o desconforto parece diminuir para os empresários mas ainda existe um longo caminho para voltar ao patamar do início do ano”, diz Tobler.
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