O consumidor brasileiro não vê boas perspectivas com os desdobramentos da crise. De acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta, 5, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) registrou queda de 3,8% na transição de maio para junho e atingiu a preocupante marca de 98.3 pontos. A queda é a maior nos últimos dois anos, em abril de 2016, quando o Inec marcou 97.5 pontos. O maior índice do indicador na história ocorreu em outubro de 2010, com 120.7 pontos.
O que esses números querem dizer? O nível de confiança do consumidor acompanha a crescente da média. Isso significa dizer que quanto maior o índice, maior a confiança do consumidor.
A queda recente se deu, principalmente, pela piora da expectativa dos consumidores. Na prática, os brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar e os empregos vão diminuir. O indicador de expectativa de desemprego caiu 8,4% e o índice de perspectiva em relação à renda apresentou recuo de 4,4%. Neste contexto, quanto menor o dado, maior é a porcentagem de consumidores preocupada com o avanço futuro dos preços, emprego e renda.
A CNI ainda explica que as variáveis de condições financeiras que comparam o contexto atual com os três meses anteriores também apresentam pessimismo. O indicador de situação financeira recuou 4,5%, enquanto o endividamento teve queda de 2,6%. Neste caso, quanto maior o recuo, pior a situação financeira e maior o índice de dívidas.
A elaboração do Inec é feita pela CNI em parceria com o Ibope. A recente pesquisa foi realizada entre 21 e 24 de junho e contou com 2 mill pessoas entrevistadas em 128 municípios.
Com informações da EBC.