Em um mundo cada vez mais digital, a construção de comunidades fortes e engajadas tornou-se um pilar fundamental para empresas que buscam estreitar laços com seus clientes. Uma comunidade engajada não apenas promove a marca, mas também serve como um canal direto de feedback, permitindo que as empresas ajustem seus produtos e serviços de acordo com as necessidades e desejos de seus usuários.
Além disso, uma comunidade bem construída e ativa pode se tornar um ambiente de suporte, onde os próprios membros auxiliam uns aos outros, reduzindo a pressão sobre os canais tradicionais de atendimento ao cliente. Para que uma comunidade seja bem-sucedida, é essencial que haja uma comunicação transparente, uma moderação eficaz e oportunidades constantes para o engajamento dos membros.
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As empresas devem investir em plataformas intuitivas, promover eventos e desafios e, acima de tudo, mostrar que valorizam e escutam as vozes de sua comunidade. Ao fazer isso, as marcas não apenas fortalecem sua reputação, mas também cultivam defensores leais que podem impulsionar o crescimento e a inovação.
Para ter uma comunidade, de uma marca, uma empresa, de uma organização ou de uma causa, é importante construir um ambiente em que todas as pessoas se sintam representadas. “Em comunidades em que não há diversidade, as pessoas não falam, e sem diferentes pontos de vista, o ambiente não cresce”, destaca Ana Fontes – Empreendedora social e Fundadora – Rede Mulher Empreendedora (RME).
As comunidades que a RME trabalha há 13 anos para construir giram em torno das mulheres, porque, destaca Ana, elas investem no seu entorno, na família, nos filhos, e quando consegue começar a gerar emprego, tende a empregar outras mulheres, em um círculo virtuoso.
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Como construir comunidades engajadas
As recomendações de Ana para essa construção de comunidades engajadas começam com a diversidade, mas é permeada pelo propósito.
“Foque no propósito, na missão, nos valores. A da Rede Mulher Empreendedora é gerar renda para empoderar mulheres”, exemplifica.
Também é importante estar aberto a ouvir outras pessoas, verdadeiramente. Assim como nas redes sociais, é um exercício de ouvir os membros, “em uma linha de mão dupla, de mãos múltiplas, em que as pessoas se sintam representadas”.
Outro aspecto essencial destacado pela executiva é trazer as pessoas para o centro das decisões. “No fundo é tudo sobre gente, para ouvir, falar, trocar, deixar que as pessoas falem”, recomenda Ana. “As pessoas têm tempos diferentes, é preciso controlar a ansiedade e respeitar as diferentes visões do mundo”.
Ao contrário do que diz o senso comum, uma certa dose de conflito e caos é importante para construir laços fortes de comunidade, avalia. É algo mais orgânico, define Ana, que envolve mais colaboração do que uma hierarquização corporativa. “É natural que aconteça, não significa bagunça, mas não dá para controlar tudo”, destaca.
Para isso, é válido definir os objetivos da empresa e conhecer sua comunidade. A partir desse ponto, torna-se possível criar um propósito que aproxime a marca do consumidor, e que faça o cliente se sentir parte dos seus processos. Gerar essa proximidade possibilita o crescimento dentro de um mercado com variadas oportunidades.
CONAREC 2023
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Comunidades que geram renda e independência
Ana é fundadora da Rede Mulher empreendedora, criada há 13 anos, a primeira plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino, com 1,5 milhão de mulheres conectadas e já impactou outras 11 milhões.
O objetivo é inspirar e capacitar mulheres para que ocupem espaços e tem condições iguais. Isso começa através de geração de renda por microdoações, para que elas possam empreender e criar seu novo negócio.
Isso porque as mulheres representam 52% da população, e metade dos pequenos negócios – 10 milhões. Por outro lado, estão subrepresentadas em locais de poder. “A inclusão é uma oportunidade de mudar esse cenário”. A RME trabalha com todas as mulheres, índigenas, trans, quilombolas, de comunidades, para buscar esse caminho, essa jornada.
“A independência financeira para a mulher tem um fator adicional, quando geram seu próprio dinheiro, conseguem sair com menos dificuldade de uma situação de violência, o que é especialmente importante no Brasil, que é um dos 10 mais violentos contra a mulher”, finaliza.
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